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Professor de Educação Física, nascido em São Paulo Capital, atuando em Natal R/N a mais de 10 anos, na avaliação prescrição de treinamento individualizado e em grupos. Atuando como técnico de atletas campeões Nacionais e Mundiais. Em NATAÇÃO bebês, natação crianças e adultos todos os níveis, HIDROGINÁSTICA, MUSCULAÇÃO crianças e adultos,CORRIDA,TRIATHLON, AVALIAÇÃO FÍSICA (saiba quanto você deve perder de peso,% gordura, músculo, avaliação aeróbia), em clínicas de estética e spas, ( PREPARAÇÃO PARA CONCURSO PÚBLICO ). Locais de atuação: condomínios, spas, residência, litoral, clínicas...AGENDE UMA VISITA SEM COMPROMISSO.

domingo, 27 de novembro de 2011

BCAA O SUPLEMENTO DA MODA !


Dos atletas magrinhos àqueles que brigam com os dígitos a mais na balança, o dilema é o mesmo: como praticar um exercício físico sem perder massa muscular? A saga para entrar em forma passa pela dificuldade de realizar treinamentos de alta intensidade e não desgastar os músculos. E é justamente esse o controle prometido pelo BCAA, suplemento formado por aminoácidos de cadeia ramificada, os quais o organismo não produz.

Combinado por três compostos — leucina, valina e isoleucina —, o complexo evita que se busque energia, normalmente retirada da gordura e do carboidrato ingeridos, nos músculos. Assim, além de evitar o desgaste e a degradação das fibras, ajuda na agilidade do processo de recuperação pós-treino. As sofridas e desanimadoras dores do dia seguinte passam a não existir.

“Os incômodos pelo corpo desaparecem mais rápido. Ficamos prontos para a próxima atividade, sem qualquer fadiga ou indisposição”, comenta Daniel Miranda, campeão brasiliense de fisioculturismo neste ano. O atleta de 22 anos é adepto do suplemento desde 2006, mas faz a ingestão em intervalos de três em três meses. Normalmente às vésperas de competições, quando o rendimento de Daniel tem de ser maior, ele retoma a suplementação.

Já Gustavo Sampaio, campeão de muay thai, de caratê e de MMA, vê o BCAA como um escudo para seu corpo. “É bom para evitar lesões. Quando estamos focados em competições, acabamos pegando mais pesado. É nesse momento que tende a acontecer fraturas. Com uma regeneração melhor, ficamos mais protegidos”, acredita. Além de lutadores e outros atletas que trabalham diretamente com a força, o nutricionista esportivo Gustavo Carvalho indica o BCAA para os mais diversos esportistas, de corredores a fisiculturistas em busca de hipertrofia ou que praticam atividades de longa duração.

“O complexo preserva a massa muscular e também libera antioxidantes, os quais combatem os radicais livres. Há casos, inclusive, de idosos tomando, já que eles perdem muito peso e ficam mais frágeis”, explica. Carvalho alerta, porém, que existe um grande modismo no consumo do complexo. “É importante frisar que tem de ser atleta ou haver uma necessidade alimentar. Algumas pessoas apenas fazem uma ginástica e tomam em uma quantidade exagerada. Aliado a uma rotina inadequada, com o uso de bebida alcoólica e de fritura, pode sobrecarregar o sistema renal.”

Consumo necessário

Aminoácidos são as enzimas que formam a proteína. Alguns são produzidos pelo próprio corpo. No caso dos BCAAs, não gerados naturalmente, é necessário o consumo de carne, derivados do leite ou suplementos para integrar a alimentação.

Ingestão sob controle

A forma de utilização do BCAA varia de acordo com o objetivo dos esportistas. Para ganhar uma proteção maior e evitar o desgaste durante os exercícios, alguns preferem tomá-lo logo antes do treino. Quem opta por ingerir a substância depois do trabalho muscular deve fazê-lo até 30 minutos após o fim das atividades. Nesse caso, o BCAA serve para cessar e equilibrar a queima muscular, atuando diretamente na recuperação.

Ingerir unicamente os aminoácidos, porém, é um erro comum de quem toma suplementos sem acompanhamento de especialistas. O ideal é que haja o consumo de repositores energéticos, ainda que de baixo teor calórico. “Os carboidratos são os principais nutrientes para a recuperação. O BCAA serve como um coadjuvante. De nada vai adiantar tomar separadamente”, ressalta o nutricionista Fernando Carvalho.


COMO ESCOLHER O TÊNIS CORRETO !

Achar o tênis ideal para garantir o melhor desempenho na atividade física e ainda corrigir problemas na pisada não é tarefa fácil. O mais grave é que a aparência do tênis é um quesito muitas vezes priorizado na hora dessa escolha, o que pode trazer sérios riscos ao praticante. Detalhes como o sistema de amortecimento, o formato da sola e a da ponta do sapato e, principalmente, o seu tipo de pisada devem ser considerados para que o resultado seja o melhor possível e as lesões nas articulações e bolhas nos pés fiquem bem longe. Cuidar bem do tênis também é fundamental para evitar que o investimento seja perdido antes da hora.

Antes de tudo, é importante conhecer o tipo de pisada de quem vai conviver com o calçado para que os reforços sejam adequados às necessidades de cada par de pés:

Pronador: é aquele que pisa para dentro, causando desgaste maior na borda interna do tênis. Os pronadores precisam de um tênis que ofereça um apoio a mais no arco do pé.

Supinador: quem tem esse tipo de pisada apoia o pé para fora durante a passada e o desgaste é maior na parte externa do tênis. Aqueles que pisam assim devem buscar um modelo com reforço extra na parte de fora do tênis.

Neutro: o corredor que apoia o pé no solo de modo uniforme. A prescrição do tênis para este tipo de corredor deve levar em conta a distribuição uniforme dos reforços do solado do calçado.

Além disso, entre os detalhes que devem ser analisados para a compra de um tênis, um bom sistema de absorção do impacto do pé com o chão deve ser o fator principal de um calçado para a atividade desejada, especialmente na corrida e na caminhada. Seja qual for a tecnologia empregada (ar ou gel, na maioria dos casos), precisa amortecer o choque desde o calcanhar até a ponta do pé. Portanto, o dispositivo anti-impacto tem de estar na sola inteira.

Um tênis adequado para corrida deve pesar entre 300 e 350 gramas cada pé, mas há modelos tecnológicos que chegam a menos de 250 gramas. Esse detalhe é importante para o atleta se deslocar com eficiência e ganhar velocidade.

A ponta deve ser levemente voltada para cima, para evitar tropeços e facilitar a dobra do pé no momento do arranque.

O modelo ideal de sola para garantir tração e estabilidade pode variar dependendo do terreno em que você vai correr. Para asfalto e pistas de terra batida, deve ter rachaduras que incrementem a aderência ao solo. O modelo para trilhas acidentadas tem que possuir solado mais rígido e com travas.

Aumente a vida útil do tênis:

* Após a atividade física, é importante colocar o tênis para arejar em um local com boa ventilação e à sombra. Evite deixá-lo ao sol: o calor resseca os materiais (especialmente espuma e borracha), acelerando o processo de desgaste.

* Caso precise eliminar odores desagradáveis, aplique um odorizador, que previne e neutraliza bactérias e fungos.

* Só lave o tênis quando for realmente necessário. Ao levá-lo para o tanque, retire o cadarço e a palmilha e use sabão neutro, escova de cerdas macias e o mínimo possível de água. Jamais deixe de molho ou utilize alvejante, que pode ressecar e reduzir bastante a vida útil do calçado.


COMER APÓS AS 18 ENGORDA ?


Segundo a Fox News, essas e outras questões são dúvidas comuns entre as pessoas que estão em guerra com a balança.

A publicação listou sete mitos muito comuns quando o assunto é perder peso. Confira:

Mito nº 1 - É proibido comer depois das 20h para não acumular gordura
A verdade: o corpo não sabe a diferença entre o café da manhã ou o jantar. Por isso, a refeição da noite anterior vai entrar no sistema e ser usada nas atividades da manhã seguinte. Mas atenção: quando o corpo está cansado, é comum a ingestão de alimentos calóricos. Para os que não abrem mão do lanchinho da noite, opções prontas na geladeira são ideais (como frutas cortadas ou legumes semi-cozidos) para saciar a fome sem botar a perder a dieta.

Mito nº 2 - Comer pequenas porções de alimentos acelera o metabolismo
A verdade: alguns alimentos, incluindo os que contém cafeína, podem fazer o corpo queimar mais calorias. Mas o efeito é pequeno demais para ajudar a perder peso. O que influencia esse processo na verdade é a composição do corpo e o tamanho. Pessoas com maior percentual de massa magra no corpo conseguem queimar mais calorias. Ou seja, o ideal é investir em modalidades como musculação, que estimulam a musculatura do corpo.

Mito nº 3 - Massas fazem você engordar
A verdade: carboidratos são fonte importante de energia para o corpo. O problema é que as pessoas tendem a comer demais desse alimento junto com outros ingredientes - como molhos e carnes - que contém ainda mais calorias. O macarrão (ou outra massa de preferência) deve ser visto como um ingrediente e não a base da receita, misturando com outros alimentos como vegetais e carne magra. A opção pelos integrais, vão manter a fome longe por mais tempo.

Mito nº 4 - Café pode ajudar você a perder peso
A verdade: o café pode momentaneamente diminuir o apetite, mas não é suficiente para ajudar no emagrecimento. Pior: a alta ingestão da bebida, pode deixar a pessoa ansiosa e ter problemas de pressão arterial. Outro problema de exagerar na cafeína é que ela altera o padrão de sono e, cada mais, estudos relacionam a perda de peso com boas noites de descanso. O ideal é manter o consumo (incluindo de chás) em duas xícaras por dia. Se adicionar açúcar ou chocolate, não esquecer de contabilizar as calorias.

Mito nº 5 - Leite pode ajudar você a perder peso
A verdade: o cálcio faz bem aos ossos, mas não interfere no acúmulo de gordura no corpo. Na verdade, alguns estudos ligaram o consumo de leite com uma maior ingestão de calorias. Não evitar o consumo de laticínios, mas dar preferência as versões light ou desnatado. Se a ingestão de cálcio for o o foco, é possível encontrá-lo em vegetais de folha escura (espinafre, brócolis, couve etc.) e produtos enriquecidos com o mineral, como leite de soja e suco de laranja.

Mito nº 6 - Fazer dieta é a melhor forma de emagrecer
A verdade: a curto prazo, o corpo de fato vai perder peso. No entanto, medidas temporárias causam perdas temporárias, e as chances de engordar novamente são grandes. Por isso, o melhor é fazer uma reeducação alimentar e manter a nova alimentação. O plano funciona melhor se aliado a exercícios físicos, que não apenas ajudam a perder os quilos a mais como também a manter o corpo magro.

Mito nº 7 - Comer proteínas e carboidratos separadamente ajuda a perder peso
A verdade: não existem provas de que comer apenas determinado grupo de alimentos em cada refeição ajuda a emagrecer. Na verdade, unir proteínas com carboidratos integrais (que contém muita fibra) é a melhor maneira de manter o estômago cheio e a fome longe. Apenas deve-se saber escolher: dar preferência às proteínas sem gordura saturada (como carne branca) e carboidratos integrais ou vegetais e frutas. Como demoram mais para serem digeridos, a energia será liberada aos poucos no organismo e a fome vai demorar a bater.

BIKE COM FAZ BEM !


Tirar a bicicleta do fundo da garagem pode ser uma boa ideia para a saúde. Além de ser uma prática vantajosa para o meio ambiente, pedalar melhora o sistema cardiorrespiratório, alivia o estresse mental, queima calorias e fortalece os músculos e as articulações.

O ciclista consegue trabalhar no mesmo exercício musculaturas diferentes: quadríceps, musculatura posterior da coxa, panturrilha, glúteos, musculatura abdominal e extensores da coluna. Até os músculos do ombro, braço e antebraço são desenvolvidos no ciclismo.

Mas pedalar requer atenção e cuidados. Uma bicicleta mal ajustada ou um erro de postura pode causar sobrecarga mecânica e conseqüentemente provocar dores na coluna lombar, cervical, joelhos, tornozelos e pés, além de formigamento nas mãos.

O preparador físico José Rubens D’Elia sugere que o ciclista se sinta confortável e não precise forçar a coluna durante a pedalada.

Segundo o ortopedista Ivan Rocha, para saber se o selim está ajustado corretamente, o cano da bicicleta deve estar de 10 a 13 centímetros à mostra. O ideal é que o selim esteja na horizontal, apesar de alguns ciclistas preferirem inclinar levemente a parte de trás para evitar dormência na virilha. O importante é que o quadril não oscile durante a pedalada.

É importante lembrar que o guidão em “U” só é indicado para profissionais em corridas especiais e não deve ser usado no dia-a-dia porque pode prejudicar a dirigibilidade e a postura.

A postura, aliás, é um fator que merece atenção na hora de pedalar. De maneira geral, a coluna lombar deve ficar em um ângulo de 30 a 40 graus com um bom apoio das mãos. Se tiver encurvada demais, pode gerar dor nos ombros.

Kit Básico do Ciclista

Garrafa de água: garante a hidratação durante a atividade, repondo o líquido perdido pelo suor
Capacete: cores claras são mais indicadas e devem se ajustar bem à cabeça
Protetor solar: use o produto no rosto e nas demais partes do corpo expostas ao sol
Silicone protetor: proteja a região perineal de traumas repetitivos
Luvas: protegem as mãos em casos de queda e devem ter acolchoamento no centro da mão
Óculos: protege a visão e evita a cegueira instantânea no caso de olhar para o sol

No caso de pedalar à noite, o ciclista deve usar roupas claras e reluzentes, além de ter uma luz traseira conectada à bicicleta ou cinto, para que seja visto à distância.

Os obstáculos nas ruas também são perigosos, então é preciso ficar atento a tampas de bueiros, óleo, areia e pedras na pista, além de outros ciclistas que possam aparecer.

Para não desviar a atenção, o ideal é não utilizar fones de ouvido que podem bloquear sons que precisam ser ouvidos para dirigir defensivamente.

Se a intenção da prática é queimar mais calorias, o ciclista deve optar pela marcha lenta e pedaladas mais rápidas para não sobrecarregar os joelhos. Para exercitar os músculos, as mãos e o corpo devem ser deslocados com frequência para modificar a angulação das costas, pescoço e braços.

Vale lembrar que a bicicleta é um veículo, portanto, é essencial conhecer todos os sinais de trânsito. O uso da ciclovia ou ciclofaixa é obrigatório: quando elas não existirem, pode-se usar o acostamento ou a faixa de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via. Para um bom relacionamento com os motoristas, o ciclista pode utilizar sinais de mão para alertar sobre mudanças de direção que pretende fazer.

Caso a pedalada na rua não seja possível, transformar a bicicleta em uma bicicleta ergométrica é uma opção. Um aparelho conhecido como "rolo de treino" ou "rolo de apoio", colocado na roda traseira, pode ajudar o ciclista a subir na bicicleta e pedalar sem sair do lugar. A vantagem é que essa ferramenta custa de R$ 400 a R$ 800, enquanto uma bicicleta ergométrica custa em média R$ 1.500 - praticamente três vezes mais cara. Ou seja, por um terço do preço, é possível fazer uma adaptação que permite pedalar em dias de chuva, sem pegar trânsito e longe da poluição.

É fundamental que o ciclista faça uma revisão periódica na bicicleta: verifique os freios e a calibragem dos pneus; observe e corrija, se necessário, folgas das partes móveis como a roda, caixa de direção e pedais.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FADIGA MUSCULAR !!


Fadiga Muscular
ELKE OLIVEIRA. (GEASE.COM.BR)
Alvo de diversas investigações na área de fisiologia e bioquímica, o estudo da fadiga muscular tem se mostrado extremamente importante, principalmente devido à complexidade dos seus processos e sua etiologia serem de natureza multifatorial (Ascensão et al., 2003; Fitts, 1994; Santos et al., 2003).

A fadiga muscular pode ser definida como a incapacidade do músculo esquelético em gerar elevados níveis de força ou manter esses níveis por um determinado tempo (Ascensão, 2003; Davis & Bailey, 1997; Enoka & Stuart 1992; Green, 1997).

A fadiga tem sido sugerida como um mecanismo de defesa contra possíveis efeitos deletérios em determinadas funções orgânicas e celulares, protegendo assim a integridade da fibra muscular esquelética. Então, antes que ocorram lesões irreversíveis, o músculo entra em fadiga (Santos et al., 2003; Williams & Klug, 1995). É importante destacar que o nível de fadiga depende do tipo de exercício, duração, intensidade, tipologia das fibras recrutadas, nível de treinamento e condições ambientais (Ascensão, 2003; Enoka & Stuart 1992; Fitts, 1994).

Algumas causas sugeridas para fadiga muscular são: a) alterações no pH; b) modificações na temperatura; c) alterações do fluxo sanguíneo; d) acúmulo de subprodutos do metabolismo celular, particularmente dos resultantes da hidrólise do trifosfato de adenosina (ATP); e) acúmulo de lactato e íons de hidrogênio (Ascensão, 2003; Fitts, 1994) f) processos da utilização e ressíntese de creatina fosfato (Harris et al., 1976; Lambert & Flynn, 2002; Sahlin & Ren, 1989); g) perda da homeostase do íon de Ca2+; h) cinética de alguns íons nos meios intra e extra celulares (K+, Na+, Cl-, Mg2+); i) lesão muscular, principalmente a induzida pelo exercício com predominância nas contrações excêntricas; e j) estresse oxidativo (Ascensão, 2003). Cogita-se, igualmente, a ocorrência de fenômenos relacionados ao recrutamento das fibras musculares (Kay et al., 2000). Esses fatores resultam em alterações no processo excitação-contração-relaxamento, e, de acordo com esta relação, a fadiga pode ser dividida em central e periférica (Santos et al., 2003).

Fadiga Central

A fadiga central é caracterizada por falha na condução do impulso nervoso promovendo redução no número de unidades motoras (UM) ativas e diminuição na freqüência de disparos dos motoneurônios (Sunnerhagen et al., 2000). Parte desse processo é relacionada aos neurotransmissores, sendo a dopamina um dos primeiros a serem observados (Santos et al., 2003). Os mecanismos pelos quais a dopamina influencia no surgimento da fadiga ainda não estão totalmente esclarecidos, mas sua redução durante o exercício diminui a eficiência da coordenação motora, levando à perda da motivação.

Além da redução da dopamina, os níveis de serotonina se elevam, inibindo as sinapses (Guyton, 1988). Esse aumento da serotonina acima do normal pode contribuir negativamente com a função do sistema nervoso central (SNC), prejudicando a termorregulação e o desempenho motor (Davis & Bailey, 1997). A acetilcolina é outro neurotransmissor relacionado com a produção de força e, consequentemente, com a fadiga central, pois a depleção da colina, principal percussor da acetilcolina, durante o exercício, pode contribuir para a diminuição da velocidade de transmissão dos impulsos nervosos nos músculos esqueléticos (Davis & Bailey, 1997).

O triptofano também está ligado ao processo de fadiga. Precursor da serotonina no cérebro, é um aminoácido que circula na corrente sangüínea (50mM - 90%) ligado à albumina (Bailey et al., 1992). Porém, há uma pequena proporção (5mM - 10%) que circula livremente. A forma livre do triptofano pode contribuir para a fadiga central, por ser captada para produção de serotonina (Rossi & Tirapegui, 1999). Assim, os processos que aumentam a concentração de triptofano na corrente sangüínea e seu influxo para o cérebro são considerados fatores relacionados à diminuição do rendimento físico (Lyons & Truswell, 1988).

Além dos neurotransmissores, parece que o metabolismo da amônia (NH3) também pode influenciar a fadiga central, por causar alterações tanto no metabolismo energético quanto nas funções neurológicas. Um acúmulo de NH3 no cérebro pode prejudicar a coordenação, controle motor e sistema oxidativo local (Banister & Cameron, 1998).

Fadiga Periférica

A fadiga periférica apresenta falha ou limitação de um ou mais componentes da unidade motora (motoneurônios, nervos periféricos, ligações neuromusculares ou fibras musculares). Caracteriza-se pela deterioração dos processos bioquímicos e contrateis do músculo, sendo a depleção dos substratos energéticos (Santos et al., 2003) e o acúmulo de metabólitos (Jacobs et al., 1981) os mais citados na literatura.

A disponibilidade de alguns substratos energéticos, como a creatina fostafo (CP), glicose sangüínea e o glicogênio para a síntese de trifosfato de adenosina (ATP) e CP, enquanto substrato para as ATPases especificas, quer sejam localizadas nas membranas plasmáticas, retículo sarcoplasmático ou miofibrilas, tem sido discutidas como fatores predisponentes da fadiga muscular periférica (Ascenção et al., 2003).

As alterações na capacidade de liberação ou captação de cálcio também são apontadas como fatores que afetam a fadiga. Por exemplo, no exercício intenso de curta duração, há uma redução na liberação de cálcio pelo reticulo sarcoplamático, comprometendo a tensão desenvolvida pelas fibras musculares, devido a sua funcionalidade estar diretamente ligada aos processos de contração e relaxamento dos músculos (Williams & Klug, 1995).

Durante o exercício de alta intensidade e curta duração, a dissociação do lactato resulta no aumento das concentrações dos íons de hidrogênio (H+) e conseqüente diminuição do pH, ocasionando a acidose metabólica, comumente considerada um dos causadores da fadiga (Foss & Keteyian, 2000; MacArdle et al., 2002).

Por último, é importante informar que o aumento nas concentrações de íons de potássio (K+) em conseqüência do seu movimento para o exterior de célula durante o potencial de ação, tem sido indicado como um dos fatores responsáveis pela fadiga durante o exercício intenso de curta duração (Juel et al., 1990). Isso ocorre por resultar na incapacidade de manter o gradiente iônico em torno da membrana sarcoplasmática das fibras musculares e pela falência conjunta ou isolada da bomba de sódio e potássio, responsável pela recaptação do K+ do espaço extracelular para o interior da célula (McKenna, 1992).

Assim, a fadiga mediante mecanismos periféricos baseia-se em associações da depleção de substratos energéticos e produção de metabólitos, eventos que atuam na liberação de cálcio, e nos processos intracelulares que influenciam no funcionamento do sistema nervoso periférico.

Referências Bibliográficas

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