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Professor de Educação Física, nascido em São Paulo Capital, atuando em Natal R/N a mais de 10 anos, na avaliação prescrição de treinamento individualizado e em grupos. Atuando como técnico de atletas campeões Nacionais e Mundiais. Em NATAÇÃO bebês, natação crianças e adultos todos os níveis, HIDROGINÁSTICA, MUSCULAÇÃO crianças e adultos,CORRIDA,TRIATHLON, AVALIAÇÃO FÍSICA (saiba quanto você deve perder de peso,% gordura, músculo, avaliação aeróbia), em clínicas de estética e spas, ( PREPARAÇÃO PARA CONCURSO PÚBLICO ). Locais de atuação: condomínios, spas, residência, litoral, clínicas...AGENDE UMA VISITA SEM COMPROMISSO.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

LANCE A LIÇÃO !!!

Lance Armstrong não é só o maior caso de doping da história do esporte mundial, mas também e principalmente a prova de que o sistema é falho, corrupto e impreciso.

WADA, USADA, ICU, COI todos sucumbiram a capacidade de identificar um atleta que brilhou como nunca durante quase uma década utilizando diferentes formas de substâncias proibidas.
O que assusta e assusta como ele mesmo disse na entrevista é de que o sistema de doping não foi criado por Armstrong, muito menos apenas ele usufrui desta artimanha, o problema é geral e mundial.

O ciclismo, ao qual eu classificaria como o esporte mais sujo do mundo, está prestes a ser eliminado dos Jogos Olímpicos. O número de casos, a falta de controle e principalmente a permissividade da UCI deixam a comunidade esportiva descrente de que isso possa ser resolvido a curto prazo. Ao final, os justos pagam pelos pecadores.

Lembro bem de uma frase do treinador americano Mike Bottom de que “somos culpados até prova em contrário”, e esta é a verdade sobre o doping.

Se Lance Armstrong foi capaz de correr e vencer tudo dopado de 1998 a 2005 quantos outros grandes atletas usufruiram disso e também viraram heróis quando na verdade são outros vilões nesta história que virou drama.

O australiano Michael Klim bateu recorde em 1998 ao ganhar seis medalhas de ouro no Mundial de Perth. Quem garante que ele não fez a mesma coisa? E o corredor americano Michael Johnson quando bateu o fantástico recorde mundial dos 400 metros no ano seguinte, seria outro caso. Será que Alex Popov quando bateu o recorde mundial dos 50 livre com 21:64 meses antes da Olimpíada de 2000 estava limpo? Será que o nosso time de volei masculino campeão da Liga Mundial pela primeira vez em 2001, campeão mundial em 2002, e duplo campeão em 2003 na Liga e na Copa do Mundo também não faria parte de um esquema de múltiplo doping organizado e patrocinado por empresas interessadas no marketing e projeção mundial. Até mesmo Ian Thorpe que foi dominante exatamente nestes anos de glória de Lance Armstrong, seu primeiro recorde mundial foi em 1999 e suas últimas medalhas olímpicas em 2004.

Armstrong por pior que tenha sido para o esporte ele nos ajudou em uma coisa: o sistema é falho! O movimento que produz, prescreve, distribui e vende as drogas é muito maior, poderoso e lucrativo do que o outro que pesquisa, examina, controla e pune. A verdade é que estamos ficando cada vez mais para trás, e o doping correndo solto longe de nós e da verdade.

Verdade que acho passou longe da entrevista reveladora de Lance Armstrong. Não acredito que ele tenha voltado de forma limpa como alegou. Não haveria sentido para isso. Só acreditarei quando ele revelar os nomes, o sistema, o esquema, as pessoas que prescreveram, venderam, distribuiram e principalmente pagaram por todo este esquema. Armstrong é um mentiroso que um dia era herói, filantropista e exemplo mundial, para acordar no maior escândalo da história de nosso esporte.

Uma livraria australiana anunciou que vai retirar os livros de Armstrong das estantes de biografia e dos livros de esporte para serem colocados na seção de ficção. A história de Armstrong deixou de ser exemplo e modelo para virar uma tragédia e decepção para todos nós amantes do esporte.
E o medo que fica é saber quantos outros “sujos” continuam sendo tratados como heróis neste sistema falido do controle anti-doping. E continuaremos a ser todos o que somos: “culpados até prova em contrário”!

CORAÇÃO CUIDADOS !!


O verão chega e a vontade de sair da rotina aumenta. Muita gente investe o tempo livre para se exercitar e tentar recuperar a forma, fazendo longas caminhadas na beira da praia e, ao mesmo tempo, abusando de comidas e bebidas. Essa "mistura" pode aumentar as chances de algum problema cardíaco ou vascular aparecer, principalmente em pessoas com maior risco cardiovascular, como idosos, hipertensos, obesos, tabagistas e diabéticos.

Cautela é a recomendação de Rubens Darwich, coordenador da hemodinâmica e cardiologia do Hospital Vita Curitiba. "Pessoas que fazem parte do grupo de risco não podem fazer exercícios físicos sem uma avaliação médica prévia, tampouco abusar da alimentação", diz. "Vale lembrar que frutos do mar têm alto teor de colesterol, principal fator desencadeante da aterosclerose", lembra o especialista.

Atenção redobrada a cardiopatas que fazem uso de medicamentos. No verão, o calor extremo e a umidade aumentam a perda de água e sais minerais através da transpiração e da respiração. "Por isso, para evitar a desidratação, a melhor saída é ingerir bastante líquido nesta época do ano, principalmente pacientes de maior faixa etária e que fazem uso de diuréticos", recomenda Darwich.

A temporada de sol e mar traz consequências também aos hipertensivos que precisam recorrer à farmácia para controlar a pressão. Conforme explica Luiz Fernando Kubrusly, cirurgião cardiovascular e diretor clínico do Hospital Vita, como a tendência natural do corpo é baixar a pressão no calor - e a pressão atmosférica na praia já é naturalmente baixa -, o uso de vasodilatadores pode acentuar essa queda, causando hipotensão.

"Por isso a importância de uma reavaliação médica antes de sair para as férias, já que talvez seja necessário alterar a dosagem dos medicamentos", alerta Kubrusly, que também recomenda a medida da pressão com maior frequência, principalmente antes de tomar os medicamentos. "É preciso ficar atento para o excesso de remédio", informa.

Saúde do coração

Doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Abrangem arritmias cardíacas, isquemias, anginas e, em casos mais graves, causam infarto e acidente vascular cerebral. Quando se trata desse grupo de enfermidades, as estimativas são alarmantes: elas são responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados no País em um ano, o que as tornam a primeira causa de morte entre a população brasileira.

A hipertensão arterial e a obesidade são as duas maiores vilãs da saúde do coração, sendo que a primeira é uma doença silenciosa, já que boa parte da população - cerca de 12 milhões, segundo o Ministério da Saúde - não sabe que tem o problema. Quando não controlada, a pressão arterial elevada provoca lesões nas artérias e sobrecarga do músculo cardíaco. Já o excesso de peso sobrecarrega não apenas o coração, mas todo o sistema circulatório, sendo a principal causa de hipertensão e insuficiência cardíaca. Por isso, é fundamental manter hábitos saudáveis para blindar o coração. E, para evitar sustos, a melhor conduta é a prevenção.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ANABOLIZANTES !!!

Insuficiência renal e tumores estão entre algumas complicações decorrentes do uso prolongado de substâncias procuradas por adeptos da malhação.

A busca pelo corpo perfeito, torneado por músculos definidos e sem gordura. Em um país conhecido mundialmente pela beleza, o sonho de um ideal estético pode estar sendo construído a preços altos, em um caminho marcado pelo consumo prolongado de anabolizantes e complicações inimagináveis para jovens adeptos da malhação, que vão de câncer de fígado a suspeitas de tumores de testículos.

Assim, conforme observa o oncologista Dr. Fernando Cotait Maluf, do Hospital São José, a aparência de um corpo saudável pode esconder por trás uma pessoa doente. Um quadro preocupante que tem crescido entre os jovens brasileiros.

— O uso prolongado de anabolizantes propicia doenças cardíacas, respiratórias, psiquiátricas e pode levar a um aumentar as chances de tumores no fígado principalmente. Há suspeitas ainda de que o uso de anabolizantes e hormônios de crescimento, como o GH, influi em tumores no testículo, na próstata, assim como nas mamas e no ovário.

Segundo o especialista, tumores no fígado não aconteciam em pessoas tão jovens — na faixa dos 20 ou 30 anos — no passado. Antes relacionados a vírus de hepatite b e c, e ao uso de álcool, hoje os chamados tumores hepáticos estão aparecendo em pacientes sem histórico disso e que fazem uso dessas substâncias.

O risco é alto. Segundo o nutrólogo Dr. Milton Mizomuto, quase metade dos suplementos para quem malha são “contaminados” com algum anabolizante.

— Isso acontece, principalmente, com os suplementos importados. Com os nacionais, pelo menos nesse aspecto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é rigorosa.

Além de aumentar as chances de tumor de fígado e na parte genital, o uso de anabolizantes pode ter uma repercussão desastrosa no sistema cardiovascular. Segundo o Dr. Maluf, diversos “artigos falam em maior chance de infarto do miocárdio, alterações da coagulação levando a tromboses de veias das pernas e embolia pulmonar, além de alteração dos níveis de colesterol e triglicérides”. Em um quadro ainda pior, uso abusivo de anabolizantes pode levar a um quadro de psicose e comportamento agressivo.

Os anabolizantes são hormônios masculinos sintéticos que absorvem proteínas e retêm líquido, provocando inchaço dos músculos. O uso pode acarretar ainda uma diminuição na produção de esperma, impotência sexual, aumento do volume da mama e até mesmo diminuição dos testículos, lembra o Dr. Maluf.

— Os anabolizantes são usados para corrigir uma deficiência hormonal e não para melhorar artificialmente a performance de quem faz academia. Eu, por exemplo, prescrevo anabolizantes para pacientes com câncer que estão perdendo músculos ou peso. Mas eu sou a “ponta do iceberg”, já que a maioria é prescrita de modo não legal.

Segurança

Mas até que ponto, então, os anabolizantes podem ser usados? Segundo o Dr. Mizumoto, não há níveis seguros para o uso dessas substâncias. Ele lembra que os anabolizantes foram originalmente prescritos para idosos que perdem massa muscular e pacientes com queimaduras gravíssimas, e não para quem quer ficar “sarado”.

Assim, quem busca um desempenho adequado e um corpo “perfeito” deve procurar um treinamento adequado progressivo e dietas nutricionais de acordo com o seu biótipo e necessidades. Nenhum tipo de hormonioterapia deve acompanhar, a não ser para pacientes que apresentam deficiência desses. O ideal, explica o Dr. Mizumoto, é buscar um nutrólogo que entenda de medicina do esporte e condicionamento físico, para que possa avaliar as necessidades do paciente.

Além de aumentar os riscos de insuficiência renal e tumores, alerta o nutrólogo, o uso prolongado de anabolizantes cria um círculo vicioso, já que a pessoa que o toma pode ver seus músculos atrofiarem se parar.

Um quadro preocupante que não parece estar com os dias contados, observa o Dr. Maluf.

— Acredito que seja uma tendência mundial, mas mais forte no Brasil que é muito comprometido com a beleza. Basta pensar em cirurgias plásticas para ver que o Brasil tem o maior volume do mundo.

CONTÍNUO X INTERVALADO !!!

É comum ver uma pessoa que não faz atividade física regular estar disposta a começar uma rotina saudável e ativa.

Muitas começam com uma caminhada, e depois começam a treinar corridas mais intensas. Porém, será que correr uma hora sem parar todos os dias no parque ajuda a ficar em forma? Segundo fisiologistas britânicos não! Um estudo sobre o assunto foi publicado nesta semana por pesquisadores da Universidade de Stirling, na Escócia.

A dúvida é: é melhor se exercitar sem intervalos em ritmo moderado ou mais intensamente, porém com pausas para descanso? Para responder essa questão, os pesquisadores selecionaram 12 ciclistas. Os atletas foram divididos em dois grupos e realizaram testes físicos durante três vezes por semana. No primeiro grupo, ficaram ciclistas pedalando em ritmo forte, como em uma competição.

Eles tinham que pedalar por quatro minutos, descansar por dois, e finalizar pedalando mais quatro. Sendo o treino repetido cinco vezes. O segundo grupo, por sua vez, pedalava em frequência menos acelerada, mas durante uma hora. Após quatro semanas, os pesquisadores concluíram que houve um benefício duplo a favor do exercício com pausas.

Além do treino proporcionar maior rendimento atlético, com base em resultados numéricos, mas decorrente de questões como maior resistência corporal e recuperação muscular mais rápida, os atletas apresentaram menos fadiga e maior bem estar durante e após as sessões.

O ciclismo é uma das principais modalidades no País, e por isso os pesquisadores escolheram o esporte para realizar o estudo. Eles afirmam também que os resultados também servem de parâmetro para outros tipos de exercício.

ANDADORES NUNCA MAIS !!

Nessa semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), começou uma campanha contra o uso de andadores para bebês.

A entidade alega que há pelo menos um caso de traumatismo para cada três crianças que utilizam o acessório. Os especialistas ainda afirmam que o equipamento retarda o desenvolvimento motor dos bebês, levando mais tempo para ficarem de pé. Apesar de o do andador oferecer maior mobilidade e velocidade, o gasto energético é menor e isso prejudica a fisiologia dos bebês.

A SBP pretende se reunir em breve com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para que os dois órgãos possam discutir a segurança do andador e as providências possíveis. Em alguns lugares, como em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, há três anos o uso de andador, tanto em creche como escola, é proibido.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

EXERCÍCIOS AQUÁTICOS !!

Para a recuperação de lesões nos pés, tornozelos, joelhos e no quadril, especialista recomenda trabalho de hidroterapia aos atletas e pacientes.

Ser atleta com este calor não é fácil. Que tal exercitar-se na água com efeitos similares ou superiores aos dos treinamentos no solo? Qualquer lesão ou cirurgia vai afetar a marcha, não importa o local (pé, tornozelo, joelho ou quadril). Às vezes, ficamos muito tempo imobilizados, no leito, em cadeira de rodas ou muletas, sem apoiar o pé no chão e colocar carga no membro afetado. Após estes tipos de lesão, dependendo da gravidade, ficamos totalmente inseguros, às vezes esquecemos como andar, mancamos e não conseguimos transferir o peso para a perna afetada.

Perdemos a coordenação da marcha. Começamos em “deep water”, um fosso no extremo da piscina com profundidade superior à altura do paciente, com auxilio de cinto pélvico ou tubo de água, exercitando os membros inferiores com movimentos alternados, ainda sem carga.

Depois, trabalhamos com caneleiras flutuantes, aumentando a resistência, dissociando movimentos de quadril e pernas, recuperando o mecanismo da marcha. Num estágio mais avançado, após permissão médica, começamos a dissociação de cinturas, alternância de membros superiores e inferiores, aumentando progressivamente o peso corporal (trabalhando progressivamente a profundidades cada vez menores) até chegar 50% do mesmo.

Vamos utilizar vários tipos de marcha, em diferentes direções, para frente, para trás, de lado, em diagonal, em zigue-zague, etc., introduzindo paradas súbitas. Utilizamos ondas, turbulência, steps, jump com o objetivo de fortalecimento da musculatura e estabilização.

São criadas atividades simulando situações reais, às vezes, mais difíceis devido à instabilidade do meio liquido, por outro lado facilitando movimentos mais ousados, já que a queda na água é macia, particularmente quando o paciente é adaptado ao meio líquido. Quando o paciente receia estar na água, fica mais temeroso e efetuamos inicialmente exercícios de adaptação mental à água e trabalhamos de uma maneira mais fácil e calma.

Respeitamos sempre as diferenças individuais, o nível de condicionamento físico e a adaptação ao meio líquido. Há atletas para os quais o meio liquido não é familiar, portanto não apreciam estar na água, preferem terra firme, mas vêm à piscina para usufruir os benefícios e a eficácia da fisioterapia aquática. O trabalho é individualizado, o tratamento é progressivo, as limitações são respeitadas, o progresso individual é levado em conta.

A hidroterapia é versátil, dinâmica e criativa: apresenta-se ao paciente situações desafiantes para que ele crie estratégias para resolvê-las. Às vezes, um simples exercício de dar um, dois, três passos e parar é suficiente para desequilibrar o paciente dependendo da profundidade, obrigando-o a desenvolver uma “estratégia cerebral” que restabeleça o equilíbrio. Podemos acrescentar turbulência, mudanças do posicionamento das pernas, etc. O paciente precisa contrair todo o corpo para manter-se equilibrado.

A hidroterapia permite trabalhar de maneira global ou segmentar, sempre funcional, além de trabalhar o núcleo corporal, ou seja, o fortalecimento da musculatura abdominal e para-vertebral. A respiração diafragmática está presente em todos os exercícios. O relaxamento no final da sessão é muito importante para eliminar tensões musculares ao nível do músculo trapézio, na região cervical, e tensões psicológicas causadas pela lesão.

O paciente fica muito ansioso por querer ficar logo bem, tornar-se independente, não depender de muletas, cadeira de rodas, acompanhantes, ficar livre da dor, voltar à vida normal. O atleta, que é particularmente ativo, tende a ser mais ansioso. Isto pode ser bom, pois ajuda na recuperação. Por outro lado, aplicando carga precocemente na área lesionada pode sobrecarregar a musculatura envolvida, causando algum tipo de tendinite, bursite, prejudicando a reabilitação.

ALONGAMENTO !!!

Especialistas contestam os benefícios do alongamento pré-atividade física.

“A maioria das pessoas acha que o alongamento resolve os problemas da humanidade”, diz Julio Serrão, coordenador do laboratório de Biomecânica da escola de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP). Propagada há muito tempo como protetora de lesões, o alongamento foi preconizado a muitos atletas para antes e depois das atividades físicas – teoria que caiu por terra depois que alguns estudos mostraram que não é bem assim.

De acordo com o especialista em flexibilidade Abdallah Achour (http://www.flexibilidade.com.br/), de Londrina (PR), há dois tipos de alongamento: o estático, que vai até uma determinada posição, permanece alguns segundos e retorna à posição original; e o dinâmico, no qual se vai para a posição de alongamento lentamente e, sem parar, retorna lentamente. “Também pode-se acoplar os dois métodos, começando estático, permanecendo pouco tempo e dando continuidade no dinâmico”, ensina.

Segundo Serrão, o alongamento é um tipo de exercício que ajuda a flexibilidade, uma capacidade importante dos seres humanos, mas contesta que a discussão sobre seu uso para melhorar o desempenho ou a dor tardia não são verdades. “Na rotina de treinamento, quando o atleta quer ganhar flexibilidade, o alongamento pode ser usado, mas é importante destacar que outras práticas esportivas também levam ao ganho de flexibilidade, como o trabalho de força, com exercícios de amplitude de movimento”, explica.

“Há mais de 100 estudos apontando que, antes do esporte, o alongamento reduz até 5% da força e da velocidade máximas, mas esses estudos colocam um tempo exorbitante no alongamento. Se alguém ficar um minuto e meio, dois minutos num alongamento, vai mesmo perder força e velocidade, mas na prática ninguém faz isso. As pessoas ficam, no máximo, 10, 20 segundos”, contesta Achour. Para a saúde, para adquirir flexibilidade, o especialista de Londrina conta que não há problemas em fazer alongamentos por 90 segundos, 120 segundos, mas para quem vai praticar.

Alongamento: antes ou depois?

Parte de uma estratégia de qualidade de vida saudável, o alongamento não precisa ser deixado de lado, mas “ele não pode ser feito pré-atividade física”, alerta o especialista em Biomecânica da USP, que explica que há diversos estudos que mostram que, quando um alongamento muito intenso é feito antes do exercício, perde-se a capacidade de gerar força, o que pode ser complicado para quem precisa dela para controlar choque mecânico. “Um atleta que vai correr precisa da força dos músculos para evitar traumas articulares. Se ele fadiga o músculo com um alongamento intenso, fica mais vulnerável”, diz Serrão.

A flexibilidade ajuda na postura e na irrigação sanguínea, levando oxigênio às fibras musculares e diminuindo os produtos tóxicos. Por desenvolver essa capacidade, o alongamento é sempre bem-vindo, exceto em pessoas que estejam com alguma inflamação aguda. “Mas não há relação entre lesão e alongamento. Nem antes, nem depois, ele não previne lesões e nem a dor tardia. Não há evidência experimental que suporte essa relação. Dizer que vai alongar pra não ficar dolorido é ato de fé”, critica Serrão, que afirma que se o atleta se esforçou muito na atividade física, ao fazer um alongamento intenso pós-exercício vai forçar ainda o organismo, podendo colaborar com o surgimento de algum dano.

Não é apenas o alongamento que previne lesões, segundo Achour. Além disso, é importante destacar que aquecimento não é apenas alongamento, mas sim o alongamento praticado junto da atividade cardiorrespiratória. Assim, um atleta que tiver dificuldades pra se alongar pode, segundo o especialista de Londrina, fazer uma atividade aeróbia prévia para sentir as mudanças.

“Ao menos uma vez por semana, quem não tiver muita flexibilidade, pode fazer um treino um pouco maior em alongamento, mas o profissional de Educação Física deve, antes de prescrever esse treino, verificar todas as articulações antes”, diz Achour, que dá cursos e palestras sobre o tema.