Quem sou eu

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Professor de Educação Física, nascido em São Paulo Capital, atuando em Natal R/N a mais de 10 anos, na avaliação prescrição de treinamento individualizado e em grupos. Atuando como técnico de atletas campeões Nacionais e Mundiais. Em NATAÇÃO bebês, natação crianças e adultos todos os níveis, HIDROGINÁSTICA, MUSCULAÇÃO crianças e adultos,CORRIDA,TRIATHLON, AVALIAÇÃO FÍSICA (saiba quanto você deve perder de peso,% gordura, músculo, avaliação aeróbia), em clínicas de estética e spas, ( PREPARAÇÃO PARA CONCURSO PÚBLICO ). Locais de atuação: condomínios, spas, residência, litoral, clínicas...AGENDE UMA VISITA SEM COMPROMISSO.

sábado, 28 de abril de 2012

TROFÉU MARIA LENK 2012

Um dia sem índices e com um ar de frustração no ar.
* Frustração em ver a tão esperada prova dos 100 livre masculino onde César Cielo fez "apenas" 48:28 e ninguém mais nadou abaixo dos 49 segudos.
* Frustração em ver Felipe França bater na trave dos 50 peito. Ele quase bateu o recorde mundial. A chegada mal executada lhe deixou a 2 décimos de fazer história.
* O dia hoje não foi tão abafado como o dia anterior. Tivemos chuva, mas somente a noite quando a competição já tinha terminado.
* Os fortes ventos do dia anterior danificaram algumas barracas das equipes. A do Grêmio Náutico União virou sucata.
* Não é só Joanna Maranhão que está treinando em todas as etapas. A espanhola Mireia Belmonte que hoje venceu os 400 medley está pegando pesado na preparação física. Corrida e musculação todos os dias.
* Carbon Pro é o traje do momento. É o mais utilizado pelos principais atletas da competição. Se fizermos uma estatística, domina pelo menos 50% do mercado. O resto dividido entre as outras marcas.
* Falando em traje, Joanna Maranhão quase perdeu as eliminatórias dos 400 medley por ter seu traje rasgado quando estava no banheiro. Ela não gostou do Carbon Pro, se sentiu presa e pressionada.
* As dinamarquesas parecem ter sido as melhores estrangeiras da competição. Jeanette Ottesen completou sua quarta  prova, quarta medalha de ouro. Nas entrevistas anunciou que vai ter o domingo para passear e conhecer o Cristo Redentor.
* Quem disse que nadar a tarde/noite dá melhores resultados do que pela manhã? Este Maria Lenk 2012 está bem atípico.
* Depois de dobradinhas do Flamengo nos 50 borboleta masculino, 200 e 400 medley feminino, Pinheiros nos 50 peito masculino, 50 peito masculino, hoje foi a vez da tripadinha do Minas nos 400 livre masculino. Mais que isso, foram os quatro primeiros colocados da prova.
* Ao final do Troféu Maria Lenk, vou fazer a Seleção Rio 2016. Uma boa geração está surgindo e grandes resultados acontecendo. No dia de hoje, o destaque foi André Pereira, 18 anos, vencendo a final B dos 100 livre com 49:94.
* Marcelo Chierighini quebrou a barreira dos 49 pela primeira vez. Fez 48:78 nas eliminatórias e na final abriu o revezamento do Pinheiros para a melhor marca pessoal nos 50 livre com 22:03.
* Ricardo de Moura, coordenador técnico da CBDA, acredita em mais três índices a serem atingidos neste Troféu.
* A briga pelo título pegou fogo. Todo mundo fazendo contas e previsões. O Pinheiros com 103,5 pontos de vantagem vai dormir como favorito para conquistar o título que evitaria o Flamengo se igualar como o maior vencedor da história da competição.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

TESTE 1KM EQUIPE CHINA MARÇO 2012


TESTE 1000 METROS MARÇO 2012
(EQUIPE CHINA)

RANIERE SILVA 16´47´´
IRANDIR SILVA ATLÂNTICO 19´07´´
HÉLIO EVARISTO ATLÂNTICO 19´15´´
THELMO VARELA TLÂNTICO 19´55´´
NICOLAS ATLÂNTICO 21´43´´
MAURICÉLIO (CÉLIO) DOS SANTOS 23´39
FERNANDA CANUTO ATLÂNTICO 24´10
ANGELO ATLÂNTICO 24´10
NATALIE VERMMER ATLÂNTICO 24´27´´


  


25 MINUTOS
         SAMUEL ATLÂNTICO 970MTS
 HELENA SAMPAIO COBANA 950MTS
 SILVIO RENATO 893MTS
 RUDAN LOBO ATLÂNTICO 885MTS
         MARCELO MOURA ATLÂNTICO 880MTS
         TAINÁ CRISTINA ATLÂNTICO 850MTS
         SANDRO DIAS 815MTS
 MARINA SAMPAIO COBANA 750MTS
         ÉRICO SOARES ATLÂNTICO 675MTS
TAINÁ DE ARAÚJO ATLÂNTICO 650MTS
ALISSON EDUARDO ATLÂNTICO 600MTS
NETA MOREIRA ATLÂNTICO 500MTS
CRISTIANE DA SILVA ATLÂNTICO 500MTS
KARINA CÂMARA ATLÂNTICO 475MTS
ANDRÉA COBANA 350MTS
BRUNELLA COBANA 300MTS



terça-feira, 24 de abril de 2012

TROFÉU MARIA LENK 2012 !

200 livre feminino -
Nenhuma nadadora tem o forte índice de 1:58:20. Aliás, o recorde sul-americano é de Monique Ferreira com 1:59:78 ainda na era dos trajes (em 2009). Prova com 5 séries e onde a dinamarquesa Lotte Friis nadando pelo Corinthians tem o melhor tempo de inscrição. Por sinal, a única abaixo dos dois minutos com 1:58:93. Depois dela, Manuella Lyrio que tem nadado muito bem a prova com 2:00:58. Este ano, Manuella fez uma bela prova no Sul-Americano e repetiu no Purdue Invitational nos Estados Unidos. O terceiro tempo da prova é a francesa Laure Manaudou balizada com 2:01:02. Manaudou que já foi recordista mundial desta prova em 2007, tempo que até hoje é sua melhor marca pessoal 1:55:52.
 
200 livre masculino -
Seis séries de outra prova sem índices brasileiros. O índice é 1:47:63. O melhor tempo até agora é de Nicolas Oliveira com 1:48:07. João de Lucca que vem de uma ótima temporada nos Estados Unidos quando foi medalha de bronze do NCAA aparece com o segundo tempo 1:49:17. André Schulz do Flamengo é o terceiro tempo com 1:49:71.
O recorde sul-americano é de Thiago Pereira com 1:46:57 e o recorde de campeonato é de Lucas Salatta com 1:48:63. Ambos feitos em 2009. 
 
50 costas feminino -
Prova não olímpica e com quatro séries. Laure Manaudou é o melhor tempo. Na eliminatória até vai dar certo, mas na final, vão ser apenas 15 minutos de intervalo. São quatro séries e Manaudou tem 28:13 na quarta série. A primeira competição de Fabíola Molina voltando da suspensão aparece com o segundo tempo com 28:25. Etiene Medeiros fazendo a sua estréia pelo Flamengo com o terceiro tempo 28:58.
 
50 costas masculino -
São cinco séries e Daniel Orzechowski do Pinheiros balizado com o melhor tempo com 24:78. Fábio Santi do Pinheiros em segundo com 25:39 e Guilherme Guido também Pinheiros em terceiroc om 25:40. O americano Eugene Godsoe, vice campeão panamericano dos 100 costas, nada ao lado de Orzechowski com 25:68.
 
200 peito feminino -
A argentina Julia Sebastian de 18 anos, campeã sul-americana da prova, é quem lidera o balizamento. Representando a Unisanta está na quarta e última série com 2:31:59. Thamy Ventorin é a melhor brasileira no balizamento, agora nadando pelo Flamengo com 2:33:75. O índice olímpico? Está longe! Os 2:26:73 estão bem distantes da realidade do nado peito no Brasil.
 
200 peito masculino -
A prova com mais probabilidade de acontecer o índice olímpico no primeiro dia. Henrique Barbosa e seu recorde sul-americano de 2:08:44 ainda é de 2009. No Open em dezembro, fez seu índice olímpico com 2:09:82.
Na briga pela segunda vaga, já que Thiago Pereira já abriu mão da prova em Londres, fica entre Tales Cerdeira, segundo tempo da prova com 2:11:86 e Felipe Lima, o terceiro com 2:12:68.
Presença na prova do campeão sul-americano Jorge Mario Murillo da Colômbia que nada pelo Fluminense. Jorge venceu Henrique nos metros finais da prova disputada em março na cidade de Belém.
 
1500 livre feminino -
São duas séries, uma pela manhã e a série forte a noite na final. A campeã mundial Lotte Friis do Corinthians está balizada com 15:49:59, tempo que dava para pegar a final masculina da competição. Do lado dela, a argentina Cecilia Biaggioli nadando pelo Unisanta. Do outro lado, Poliana Okimoto. Ana Marcela Cunha estava inscrita na prova mas não vai nadar já que está em Cancun nadando uma prova válida pelo Circuito da Copa do Mundo de Águas Abertas.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

MÚSCULOS COM MENOS DORES !!

Pesquisadores do Canadá encontraram uma explicação científica em nível celular para a eficácia da massagem no alívio da dor e na recuperação muscular.
Massagistas agora poderão dizer, com base científica, por que a atividade que exercem funciona no alívio da dor e na recuperação muscular. E isso tem a ver com ‘ligar’ e ‘desligar’ genes, segundo estudo.

Parte dos profissionais de saúde vê a massagem com ceticismo – afinal, qual a base científica para os tais benefícios relatados? Porém, não faltam relatos sobre os benefícios e a eficácia da técnica em sua ação contra a dor.

Agora, veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem. E a história das razões do estudo – relatada pelo serviço noticioso ScienceNow (01/02/12) – começa quando Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster (Canadá), passou a se submeter a massagens por indicação médica, depois de acidente esportivo.

O fato de as sessões trazerem alívio para a dor chamou a atenção do pesquisador. Haveria base celular para o que ele sentia? Tanopolsky, coincidentemente, trabalha com metabolismo celular. O cientista reuniu colegas e decidiu investigar.

Arrebanharam-se 11 jovens, submetidos a exercícios extenuantes. Dez minutos depois da prática esportiva (pedalar), uma das pernas foi submetida a massagem.

Os pesquisadores colheram amostras do quadríceps (músculo da parte anterior da coxa) das duas pernas em três ocasiões: antes do exercício, 10 minutos depois e 3h mais tarde. Primeiramente, eles constataram o que já se sabia: depois do exercício, as células apresentam mais evidências de inflamação e de sinais de autorreparo dos danos do que antes.

A surpresa veio quando se analisaram as células do tecido massageado: elas tinham 30% a mais de genes reparadores envolvidos no processo de transformar nutrientes em energia, bem como 300% menos de proteínas que ‘ligam’ genes envolvidos na inflamação.

Simplificadamente: os genes reparadores estavam ‘ligados’ e os relacionados à inflamação ‘desligados’. Quanto à crença de que a massagem difunde, para outras regiões, o ácido lático do músculo dolorido, a equipe não achou evidências – esse, até agora, era o argumento ‘científico’ mais usado para justificar os efeitos da massagem.

O estudo foi publicado on-line na revista Science Translational Medicine.

terça-feira, 17 de abril de 2012

GORDURAS SAUDÁVEIS !

Pesquisa aponta que 55% dos pacientes desconsideraram a gordura insaturada que é indicada para a boa saúde do coração.
A maioria dos pacientes cardíacos não conhece os tipos de gorduras que fazem bem à saúde. É o que mostra pesquisa realizada no hospital estadual que é referência tem cardiologia, Dante Pazzanese.

O levantamento foi realizado com 600 pacientes em tratamento na instituição e também revelou que 67% não têm como hábito ler os rótulos dos alimentos.

Entre os tipos de gorduras que fazem mal à saúde, a trans e a saturada são as mais conhecidas, sendo consideradas ruins por 81,5% dos entrevistados.

Já entre os tipos que fazem bem, 55% dos pacientes desconsideraram a gordura insaturada que é até mesmo indicada para a boa saúde do coração.

Outro equívoco muito comum é em relação aos alimentos fontes de gordura. Assim como a bolacha recheada e a manteiga, que foram apontadas corretamente como alimentos menos saudáveis, a maionese também foi tida como um alimento rico em colesterol e gorduras ruins pela maioria dos entrevistados, o que não é verdade.

Outro alimento que Daniel Magnoni, médico da Divisão de Nutrição Clínica do Dante Pazzanese e coordenador da pesquisa, mostrou que os pacientes desconhecem as propriedades é a maionese.

O “spread” possui um perfil nutricional bom porque é fonte de gorduras poli-insaturadas, não contém gordura trans e oferece baixo teor de colesterol.

Além da maionese, outro alimento apontado erroneamente por 65,5% dos pacientes como fonte de colesterol e por 60% com excesso de gordura ruins foi o Ketchup, que por ser produzido a partir de tomates, não possui gorduras.

Magnoni acredita que a pesquisa foi útil para perceber que a maioria dos pacientes que precisam de uma alimentação adequada porque tratam problemas de saúde, como pressão alta, diabetes, obesidade e colesterol elevado, não sabem quais são os tipos de gorduras mais saudáveis, tampouco os alimentos que podem ser consumidos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

SUPLEMENTOS ALIMENTARES !

Especialistas explicam os benefícios dos concentrados naturais. Suplementos não podem substituir refeições nem servir de dieta exclusiva.

Suplementos alimentares muitas vezes são confundidos com esteróides anabolizantes. Mas, enquanto os primeiros são indicados para pessoas saudáveis, com alguma carência de nutrientes, os esteroides anabolizantes são medicamentos que devem ser usados apenas com receita médica, em casos muito específicos.

Como esses hormônios interferem na formação muscular, os esteróides anabolizantes são usados indevidamente por quem quer ganhar massa.

Já os suplementos alimentares podem ser usados para prevenir e tratar doenças (no fígado e nos rins, por exemplo) e suprir a falta de apetite, restrições na dieta ou alimentação inadequada decorrente de estresse, correria e maus hábitos.

Esses produtos também são indicados para praticantes de atividades físicas e atletas, como aditivo para melhorar o desempenho e encurtar o tempo de recuperação muscular. Não podem substituir refeições nem servir como dieta exclusiva.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) caracteriza suplementos vitamínicos ou minerais como alimentos que ajudam para complementar a dieta diária de uma pessoa saudável. Precisam conter no mínimo 25% e no máximo 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR).

Segundo o nutrólogo Mauro Fisberg e a nutricionista Patrícia Bertolucci, os suplementos são vendidos em cápsulas, pó, pastilhas, líquidos, granulados e tabletes, entre outros formatos.

Sinais da falta de vitaminas e minerais
- Sonolência
- Baixa produtividade
- Queda de cabelo e unhas fracas
- Alterações no ciclo menstrual
- Manchas roxas na pele

Os músculos aumentam de tamanho com o repouso, durante a noite. Após a atividade física, eles enviam sinais para que as células acelerem a produção de proteínas, para recuperar as fibras lesionadas no exercício. Essa reabilitação faz com que o músculo cresça.

À medida que o corpo vai se adaptando a determinado esforço, a pessoa tem que incrementar a carga ou mudar o tipo de exercício, para continuar estimulando os músculos.

Esteróide Anabolizante x coração
O coração é um músculo e, sem esteróide anabolizante, bate normalmente para irrigar o organismo com sangue. Quando um esteroide anabolizante é usado, atinge o músculo cardíaco e faz com que a fibra cresça, assim como o resto dos músculos do corpo.

Assim, o coração vai ficando maior. Quando se torna muito grande, já não irriga tanto sangue nem é capaz de bater com a mesma potência.

terça-feira, 10 de abril de 2012

EXERCÍCIO FÍSICO E CAFEÍNA !

Associação entre exercício físico e cafeína também é capaz de reduzir os níveis de gordura no corpo e prevenir inflamações relacionadas a certos tipos de cânceres ligados à obesidade.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Rutgers, nos Estados Unidos, descobriram que combinar cafeína com atividade física pode proteger as pessoas contra o câncer de pele provocado pela exposição ao sol. O estudo da equipe, apresentado no encontro anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, em Chicago, ainda sugeriu que essa associação também é capaz de reduzir os níveis de gordura no corpo e prevenir inflamações relacionadas a certos tipos de cânceres ligados à obesidade.

Os autores do estudo analisaram camundongos que foram expostos à radiação ultravioleta e, portanto, tinham alto risco de desenvolver câncer de pele. Eles observaram que os animais que ingeriram doses líquidas de cafeína e correram em uma roda de corrida durante 14 semanas apresentaram um risco 62% menor de ter câncer de pele comparados àqueles que consumiram água e que não se exercitaram. Além disso, mesmo quando esses camundongos desenvolveram a doença, o tamanho de seus tumores foi, em média, 85% menor.

Embora mais reduzidos, os efeitos da cafeína e dos exercícios físicos individualmente também foram positivos. Os pesquisadores descobriram que os camundongos que somente receberam doses de cafeína tiveram 27% menos chances de desenvolver câncer de pele e tumores 61% menores do que os animais que beberam somente água. Por outro lado, o risco de desenvolver esse tipo de câncer foi 35% menor em camundongos que somente se exercitaram em relação aos que não praticaram nenhuma atividade, e o tamanho de seus tumores foi em média 70% menor.

Outros benefícios — A equipe de pesquisadores também observou que a combinação de exercício físico e cafeína reduziu o peso e quadros de inflamação dos animais. Para chegarem a esses resultados, os cientistas deram aos mesmos camundongos, durante duas semanas, uma dieta rica em gordura. Alguns animais também receberam doses de cafeína, outros fizeram atividade física e outros ingeriram o composto e também se exercitaram. Após esse período, foram calculados os níveis de gordura no tecido adiposo dos animais.

Em comparação com camundongos que beberam água e não se exercitaram, aqueles que consumiram cafeína e fizeram atividades físicas tiveram uma redução de 63% nos níveis de gordura nas células. A cafeína individualmente reduziu essa taxa em 30% e os exercícios, isoladamente, em 56%. Além disso, segundo o estudo, a combinação diminuiu em até 92% os quadros de inflamação no organismo, assim como a quantidade de citocina, molécula que age como um mensageiro que desencadeia uma inflamação no corpo.

O coordenador do estudo, Yao-Ping Lu, acredita que esses resultados podem ser extrapolados para humanos, contribuindo para novas abordagens de prevenção e tratamento para determinados tipos de câncer.

CUIDADO COM A ONDA !

Para não afundar, os especialistas recomendam encher o pulmão de ar e respirar mais devagar, não de forma ofegante.

O verão já acabou, mas o calor continua. Quem conhece o mar sabe que ele não é estático: está sempre em movimento, pelas ondas, correntezas e a areia. Para evitar obstáculos submersos, bancos de areia e valas, é preciso ficar atento, principalmente com as crianças pequenas.

Segundo a médica Ana Escobar e o chefe de resgate marítimo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Mário da Cruz, as ondas costumam vir numa sequência de 5 a 7 por vez. Se você tentar nadar contra elas, pode se afogar, mas se souber nadar lateralmente ou diagonalmente à corrente marítima, com 10 a 15 braçadas já consegue escapar.

A chuva representa outro perigo para os banhistas. Além do perigo dos raios, ela pode fazer com que a maré suba ou fique mais violenta, aumentando muito a chance de afogamento ou acidente. Em caso de chuva, saia do mar imediatamente. Não importa se é garoa, chuva moderada ou temporal – todas elas aumentam o risco de raios, pois a água atrai descargas elétricas.

Para não afundar, os especialistas recomendam encher o pulmão de ar e respirar mais devagar, não de forma ofegante. Se uma garrafa estiver aberta e vazia, por exemplo, entrará água e ela vai afundar. Mas, se estiver cheia de ar e fechada, boiará. A mesma coisa acontece com os nossos pulmões.

Quem for socorrer uma vítima de afogamento, deve retirar a pessoa pelas axilas, pois, caso a segure pelo abdômen, pode apertar o estômago, provocar vômito e até asfixia.

Além disso, é importante lembrar o número de telefone de emergência: 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu) ou 193 (Bombeiros). Se a vítima ainda estiver na água, prefira os Bombeiros e avise na ligação que se trata de um resgate.

Se o indivíduo afogado for removido da água, tire a roupa molhada dele, seque-o e aqueça-o com o que tiver à disposição. Isso serve para evitar uma hipotermia, quando a temperatura corporal baixa muito. O risco disso existe, pois, na água, perdemos muito calor e energia para manter o termômetro do organismo estável.

Outras dicas fundamentais são: vire a vítima de lado, paralela ao mar, para evitar engasgos com água ou vômito, e espere o socorro chegar ou leve a pessoa até o hospital mais próximo. Mesmo que o indivíduo esteja consciente, é imprescindível que um técnico, bombeiro, enfermeiro ou médico avalie o estado dele e verifique se entrou água no pulmão.

As placas de perigo nas praias são atualizadas constantemente, de acordo com os riscos. Cada cidade do Brasil tem uma sinalização diferente, mas que geralmente segue o mesmo padrão.

Principais placas

"Perigo", "Perigo correnteza" ou "Perigo/guarda-vidas": essas placas são colocadas exatamente na direção das valas, em locais onde existem pedras à vista ou há a possibilidade de correnteza. Não se deve entrar no mar nesse lugar.

"Pedras submersas": não se deve mergulhar nesses locais, porque você pode bater a cabeça, sofrer uma fratura ou até um traumatismo. Se quiser entrar no mar, não há problema, mas fique no raso e não tente mergulhar.

"Banco de areia": da mesma forma que a placa de pedras submersas, é utilizada em pontos onde há perigo para quem quer mergulhar. Quando encontra um banco de areia, muita gente sai correndo, mergulha e acaba batendo a cabeça no fundo. Para prevenir acidentes, entre no mar, mas não mergulhe.

Bandeiras: a vermelha significa perigo e alto risco de afogamento. Não se deve nadar nessa parte da praia. A amarela simboliza cuidado. Se você for entrar no mar, procure não ir muito longe, pois há riscos de a maré subir e de haver correnteza. Já a bandeira verde quer dizer que o banho de mar e o mergulho estão liberados.

Dicas para não correr risco de afogamento
1 – Fique longe da água após ingerir bebida alcoólica
2 – Respeite seus limites
3 – Obedeça à sinalização

Dicas para se salvar
1 – Mantenha a calma e não grite, apenas acene para pedir ajuda
2 – Não nade contra a correnteza
3 – Encha o pulmão de ar, para que ele funcione como uma boia

segunda-feira, 9 de abril de 2012

SERÁ QUE O RECORDE DE CIELO VAI AFUNDAR ?

Durante as seletivas de seu país, o jovem de 20 anos Magnussen, ficou a 0s19 de quebrar o recorde mundial de Cesar nos 100 m livre.
Se por um lado o brasileiro Cesar Cielo fez bonito no Campeonato Sul-Americano de natação, encerrado no último fim de semana, por outro o australiano James Magnussen dá provas claras de que será um rival muito difícil de ser superado na Olimpíada de Londres. Durante as seletivas de seu país, nesta terça (20), o jovem de 20 anos ficou a 0s19 de quebrar o recorde mundial de Cesar nos 100 m livre.
Campeão mundial da prova, Magnussen garantiu sua vaga com o tempo de 47s10 – em 2009, com o auxilio dos agora proibidos maiôs tecnológicos, Cielo conseguiu 46s91. Como se não bastasse, o australiano ainda garantiu vaga olímpica nos 50 m livre com a melhor marca do ano (21s74), feito que surpreendeu a ele mesmo.

Com a confiança em alta, o atleta da Oceania mais uma vez não segurou a língua e prometeu nadar abaixo de 46s91 na capital inglesa:
- Preparem-se! Queria ter saído daqui com o novo recorde mundial. Dei tudo de mim, mas terei uma nova chance na Olimpíada. Estou muito confiante, mas certamente não vou descansar. Farei de tudo para quebrar este recorde, pois quero ser conhecido como o homem mais rápido da história.

- Magnussen contou que só não conseguiu o que queria agora porque sentiu muito o fim da prova:
- Não dá para se preparar para o tipo de dor que você sente nos 10 metros finais.

NATAÇÃO NO MAR A NOVA ONDA !

O esporte já é considerado a nova corrida. O movimento de homens e mulheres rumo ao mar, paramentados com toucas de silicone e óculos especiais, é um retorno às origens da natação, que começou em águas abertas.


Depois de uma madrugada chuvosa, às 7h15m de sábado, a Praia de Copacabana está semideserta. No Posto 6, enquanto um pelotão de bombeiros se prepara para iniciar os trabalhos e meia dúzia de pescadores volta do mar, um grupo de pessoas ainda com a cara amarrotada da véspera chega apressado à areia. Elas estacionam a bicicleta, improvisam o café da manhã com goladas de suco de laranja, se lambuzam de vaselina para entrar em roupas de borracha justérrimas. Às 8h em ponto, ouve-se o estampido de um morteiro: é o sinal para homens e mulheres entrarem na água. Todos são atletas amadores, integrantes do cada vez mais populoso time de adeptos da natação no mar, ou em águas abertas, modalidade que coleciona novos fãs na cidade.

Diante do boom, cada um na sua pista, o esporte já é considerado a nova corrida. O movimento de homens e mulheres rumo ao mar, paramentados com toucas de silicone e óculos especiais, é um retorno às origens da natação, que começou em águas abertas — reza a lenda que o índio Arariboia atravessava a Baía de Guanabara a nado. O reconhecimento da maratona aquática como modalidade olímpica, em 2005, contribuiu definitivamente para as travessias virarem febre entre cariocas. Hoje, são cerca de cinco mil praticantes — há dez anos, o número não chegava à metade, segundo a Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro.

— Nenhum esporte vira modalidade olímpica por acaso. A natação em águas abertas está sendo cada vez mais praticada no mundo inteiro. Nada mais natural, portanto, que vire moda no Rio, uma cidade cercada pelo mar — avalia o nadador Luiz Lima, pentacampeão na Travessia dos Fortes. — É uma mobilização parecida com a que aconteceu com a corrida há alguns anos. A diferença é que a natação é mais democrática, agrega do gordinho ao ironman.

Ex-atleta das piscinas, que defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Atlanta e Sidney, Luiz Lima foi um dos primeiros a organizar grupos de nado no mar, há três anos, quando montou uma tenda no Posto 6 e começou a dar aula do alto de uma prancha de stand up paddle. Hoje, são 60 alunos particulares, que pagam R$ 300 mensais, e 150 integrantes de um projeto social gratuito. Há menos de seis meses, saltou para cinco o número de assessorias esportivas que montaram bases no pedaço — a maioria é especializada em triatlo, mas, diante da demanda, abriram turmas de natação.

O cantinho da Praia de Copacabana é o maior reduto da prática. Mas também é possível observar trânsito intenso de nadadores no Leme, no Arpoador, em Ipanema, no Leblon e na Urca. Seja onde for, o horário de pico é das 6h às 9h.

Na manhã de uma quarta-feira, a economista Fernanda Masson, de 41 anos, nadou mil metros e saiu de Copacabana antes de os barraqueiros espalharem cadeiras e guarda-sóis pela areia. Há menos de um mês, ela começou a nadar com o pessoal da equipe Tribus.

— É um desafio, você nunca sabe se vai encontrar um golfinho ou uma garrafa PET. Quando você sai da água, se sente revigorada — diz Fernanda, contando que demora 15 minutos para vestir a colada roupa de borracha.

— Pelo menos a gente fica com um corpão, o macacão segura tudo — completa a empresária Danielle Joory, de 42 anos, outra iniciante.

O alto rendimento da natação no mar — que numa hora consome uma média de 750 calorias, contra 400/600 da piscina — atraiu as amigas Fernanda e Danielle após o fechamento da Estação do Corpo.

— Não sabia nadar. Só mergulhava no rasinho. Para aprender a técnica, estou tendo aula na piscina do Flamengo. Meu sonho é realizar uma Travessia dos Fortes — conta a empresária.

O desejo é compartilhado por gente à beça. Neste domingo, a travessia, de 3,8km e considerada a São Silvestre dos mares, vai reunir 2.500 nadadores em Copacabana. No primeiro dia de inscrições, a procura foi tamanha que o site caiu. No segundo, as vagas foram preenchidas em 20 minutos. E olha que, pela primeira vez, foi cobrada taxa de inscrição, de R$ 50. Outro termômetro da popularidade (e da rentabilidade?) do esporte: agora, a competição é promovida pela IMX, joint-venture entre a IMG e a EBX, do empresário Eike Batista.

— As maratonas aquáticas viraram um filão — acredita o farmacêutico aposentado Sebastião Rodrigues, que depois que entrou na casa dos 60 anos virou “fominha” de travessias; hoje é sua terceira. — Na minha faixa etária, é mais fácil ganhar medalha. Em águas abertas, dá para revezar o peito com crawl e até mandar um cachorrinho que ninguém vê.

Outro novo entusiasta do esporte, o músico Tony Bellotto não vai estar no mar hoje por conta da agenda de shows dos Titãs. Mesmo assim, foi ao simulado do grupo Fox, no último sábado, e nadou do Posto 6 ao Leme:

— Falo para o Branco Mello e para o Paulo Miklos,,mas eles nem acreditam que eu nado isso tudo. O fato é que não dá para chegar aos 51 anos no mesmo esquema dos 20. Quando tenho show antes do treino, fico só na água mineral.

Tony, que treina duas vezes por semana, começou a fazer travessias ano passado, incentivado por uma amiga, a francesa Catherine Verne, de 61 anos, nadadora dos mares há 20.

— Quando comecei, natação no mar era coisa de gringo. Só esbarrava com outros franceses — lembra.

Tony, Catherine e a turma da Fox partiram juntos em direção ao Leme. Uma hora depois, chegaram esbaforidos ao Posto 1. Depois de tomar dois copos de Gatorade, o guitarrista pediu um celular emprestado para avisar à mulher, Malu Mader, que sobrevivera à travessia:

— A correnteza ajudou — disse ele, humilde.

Quando era garoto lá na Penha, Helio de la Peña tinha horror ao mar. Na adolescência, passava as tardes no Posto 9 fritando na areia. Descobriu a natação em águas abertas quando virou cinquentão, há dois anos, em Copacabana. E virou fã. Quando tem gravação no Projac, ele tira a hora de almoço para nadar com um professor particular na Prainha.

— Já consegui umas 20 medalhas em maratonas aquáticas, mas só numa cheguei ao pódio — conta ele, que, como todos os mortais, passa perrengue no início das provas. — A largada é tensa, o couro come e ninguém vê. Uma vez, um nervosinho chegou a me dar uma porrada. Era um mauricinho, acostumado a nadar em raia de piscina.

Nem atletas de ponta saem ilesos. Única aposta brasileira na modalidade em Londres, Poliana Okimoto teve o tímpano perfurado na largada de uma travessia na Itália, em 2006. Mesmo “avariada”, ficou em segundo.

— Morria de medo de mar, de onda, de encontrar um tubarão — lembra a atleta paulista, de 28 anos, que treina seis dias por semana no Parque Aquático Maria Lenk e um na Praia de Copacabana, palco da maratona em 2016. — A maior questão é nadar no mar gelado, já que os profissionais não podem usar roupas de borracha. Às vezes, ainda saio com o corpo queimado por águas-vivas.

Já quem nada por diversão pode e deve recorrer aos tecidos sintéticos. Basta ter cacife. Semana passada, o economista Alexandre Rodrigues, de 39 anos, testou um modelo da neozelandesa Blueseventy, de US$ 400. A média de temperatura da água do mar de Copacabana gira em torno dos 20 graus, mas às vezes cai para 15 graus. E os homens, com menos gordura no corpo, costumam sentir mais frio que as mulheres. O macacão ainda ajuda a flutuar.

— A roupa já vem com motor de popa — brinca Alexandre. — Não quero ganhar de ninguém. Só de mim mesmo. No ano passado, fiz a Travessia dos Fortes em 55 minutos. Esse ano quero fazer em 52.

Superação pessoal também é a meta da advogada Juliana Gueiros, de 35 anos.

— Comecei a fazer natação quando engravidei e, quando meu filho completou seis meses, inventei de fazer a Travessia dos Bravos, das Cagarras à Praia de Ipanema. Quando pulei no mar, entrei em pânico. A partir de então, vencer o desafio virou questão de honra — relata Juliana.

Nos mares cariocas, há também a turma que nada em marcha mais lenta, meditando. É o caso da escritora e psicóloga Maria Tereza Maldonado, de 63 anos, que dá suas braçadas em Copacabana há 40 anos.

— Gostava de nadar de olhos fechados, mas nos últimos meses ficou perigoso: é muita gente — conta, enquanto sai do mar de mãos dadas com o músico Itiberê Zwarg, de 62 anos.

Semana passada, o maior desafio encontrado pelos desbravadores do mar foi a quantidade de lixo na água. Nadador da “turma do eu sozinho”, o ator Freddy Ribeiro, de 55 anos, sai do mar do Leblon com a sunga carregada de sacos plásticos.

— Faço a minha parte e cato tudo o que vejo pela frente — ele explica. — Adoro água gelada, mas outro dia passei tanto frio que saí da água roxo. Os bombeiros tiveram que dar tapinhas nas minhas costas.

Nadar sozinho, como se vê, é perigoso. Especialistas explicam que é importante estar acompanhado de pelo menos mais um nadador, que pode prestar socorro no caso de alguém ter cãibra ou hipotermia.

— Geralmente, quem nada no mar procura conhecer as correntes. Quem dá mais trabalho aos bombeiros são os aventureiros que querem dar uma de maratonista por um dia e acabam caindo numa vala, as correntes de retorno — diz o salva-vidas Rodrigo Evangelista.

Nutricionistas recomendam que atletas levem um sachê de mel na sunga ou no maiô, para repor as energias. No mais, é preciso estar atento e forte, diz a ex-nadadora Christiane Fanzeres, supervisora de Maratonas Aquáticas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos:

— Uma vez dada a largada, o nadador vira um peixinho no meio do cardume. O mar não tem meio-fio para uma paradinha.

terça-feira, 3 de abril de 2012

EXCESSO DE ÁGUA !!

 Os maratonistas são o principal alvo, já que são necessárias cerca de quatro horas de “bebedeira” em excesso para causar uma hiponatremia.
 
Sempre ouvimos que devemos nos manter constantemente hidratos, principalmente quando praticamos exercícios ou no verão. Mas quando bebemos água em excesso, podemos desenvolver uma perigosa, mas pouco conhecida condição chamada de hiponatremia. Ela acontece quando há pouca concentração de sódio no sangue, levando a confusão mental, perda de consciência e convulsões.

A desidratação acontece quando o conteúdo de água no corpo é menor do que o normal, aumentando a concentração de sais e açúcar. Mas de acordo com muitos especialistas, milhares de pessoas – em especial maratonistas e esportistas de provas longas – podem estar colocando a saúde em risco ao tomar líquido demais.

O professor da Universidade de Cape Town, Timothy Noakes, que estuda o assunto há décadas, afirma que o perigo de desidratação durante exercícios longos vem sendo muito exagerado, resultando em um aumento de casos de hiponatremia associada ao exercício. Ele alerta aos corredores que o consumo exagerado de água ou bebidas esportivas antes, durante ou após o exercício pode levar a um fim potencialmente fatal. “Não há uma única menção na literatura médica de que a desidratação foi a causa direta de alguma morte em uma maratona”, comenta Noakes. “Mas a hiponatremia resultou em pelo menos 12 mortes entre esse tipo de atleta. E já foram documentados 1.600 casos no mundo”. Muitos corredores sentem que precisam beber água sempre que podem, mesmo que não estejam com tanta sede, com medo de se desidratar, afirma o cardiologista Sanjay Sharma.

A discussão sobre a quantidade certa de água durante um exercício ainda gera controvérsias. Alguns especialistas dizem que só se deve beber quanto se tem sede, enquanto outros dizem que os esportistas devem treinar para que consigam beber sempre um pouco mais do que o corpo pede.

Uma dica para aqueles que correm maratonas é se pesar antes e depois da prova. O esperado é que se perca dois por cento do peso corporal; se você estiver pesando o mesmo, você bebeu líquidos demais. E sempre atentar para os sinais corporais, como tontura, vômitos, náusea e dores de cabeça. Esses podem ser os primeiros sinais de uma possível hiponatremia.

ONDE ESTÁ A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NORDESTE ?

Metade das escolas das redes municipal e estadual da região não possui sequer espaço destinado à prática de exercícios. A média nacional é de 30%

Não é novidade que a região Nordeste apresenta índices educacionais alarmantes. Ao fim do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, no período de alfabetização, 78,7% dos estudantes da rede pública ainda não dominam competências básicas de escrita. Do ensino médio, 93,2% saem sem saber o que deveriam. Outro dado divulgado, reforça a distância entre as unidades públicas de ensino da região e do restante do Brasil (cujo desempenho, vale lembrar, também é sofrível): 51% das escolas das redes municipal e estadual do Nordeste não possuem um espaço destinado à prática de educação física. A médica nacional de escolas com essa deficiência é de 30%. Mais: 74% dos professores da disciplina que não cursaram a universidade atuam na região.

O levantamento Educação Física nas Escolas Públicas Brasileiras é resultado de uma parceria entre Ibope, Instituto Ayrton Senna, Instituto Votorantim e ONG Atletas pela Cidadania. Os melhores índices relativos a infraestrutura foram registrados na região Sul, onde apenas 11% das instituições de ensino não possuem espaço dedicado à educação física. No Sudeste, o número é semelhante: 14%.

"Apesar de o cenário ser otimista em algumas regiões do Brasil, ainda é alarmante a disparidade constatada", diz Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro/Ibope. Nas unidades localizadas em áreas urbanas, a falta de espaço atinge 19% das escolas, enquanto na zona rural chega a 50%.

Apesar da diferença de infraestrutura entre as regiões, a prática dos professores se revelou bastante similar. Dos 50 minutos de aula, apenas 58% do tempo – ou 29 minutos – é utilizado para atividades físicas propriamente. "O dado nos leva refletir sobre muitas hipóteses, como problemas de planejamento e metodologia ou a falta de equipamentos", diz trecho do estudo, que mostra que 13% das escolas públicas pesquisadas não possuem sequer uma bola de futebol, 45% não têm quadra poliesportiva e 56% não dispõem de vestiários.

Um das surpresas positivas da pesquisa é o percentual relativamente alto de professores com formação superior. Noventa por cento deles concluíram a graduação ou pós, em cursos de especialização e mestrado. Apenas 6% pararam no ensino médio. Entre os que chegaram à universidade, 83% se formaram em educação física, 13% em pedagogia, 4% em dança e outros 4% em gestão escolar. Outra surpresa: 74% se mostraram muito satisfeitos com a carreira.

Para Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, o preparo e o entusiasmo dos professores são animadores. Contudo, cabe um alerta. "Infelizmente ainda temos dificuldades em transformar a motivação e o estudo desses profissionais em resultados concretos para o esporte e a educação do país. Não podemos nos focar apenas nos insumos, precisamos também colocar energia nos resultados", afirmou Viviane.

Ana Moser, uma das fundadoras da ONG Atletas para Cidadania, ressaltou que os eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos são uma oportunidade para discutir a qualidade da educação física na rede pública. "O esporte dentro do âmbito escolar ainda é um assunto pouco tratado e essa pesquisa vem para legitimar esse debate. Vivemos um tempo único para o esporte brasileiro e precisamos pensar no legado social que a Copa do Mundo e as Olimpíadas deixarão para o país."