Nicholas Santos conquista ouro com recorde sul-americano em Pequim
O Brasil subiu três vezes ao pódio nesta quarta-feira, no
primeiro dia de disputas da última etapa do ano da Copa do Mundo de
natação em piscina curta, em Pequim. Nicholas dos Santos foi o maior
destaque brasileiro, ao conquistar a medalha de ouro nos 50 metros
borboleta, com o tempo de 22s13.
Ele faturou a vitória ao deixar
para trás o sul-africano Roland Schoeman (22s37) e o norte-americano
Thomas Shields (22s78). Nicholas ainda teve a chance de subir ao pódio
nos 100 metros livre, mas foi apenas o quinto mais rápido, com 47s40. O
ouro ficou com o russo Vladimir Morozov (45s88). O brasileiro Fernando
Silva terminou na 8ª e última posição (48s23).
Nos 50 metros
peito, João Gomes Júnior se destacou ao conquistar o bronze. Ele marcou
26s65, atrás de Roland Schoeman (25s95) e do australiano Christian
Sprenger (26s59). Felipe Lima bateu na trave e ficou em quarto (26s70),
enquanto Raphael Rodrigues terminou em sexto (27s13).
O terceiro
pódio do dia foi conquistado pela equipe de revezamento misto no 4x50
metros. Guilherme Guido, Felipe Lima, Larissa Oliveira e Graciele
Herrman obtiveram a medalha de bronze, com o tempo de 1min42s07. A
Austrália levou o ouro (1min38s23) e a China, a prata (1min39s55).
Nas
demais provas, Henrique Rodrigues foi quem esteve mais perto do pódio.
Ele ficou em quarto nos 100 metros medley (piscina de 25 metros), com
53s89. Nos 100 metros costas, Guilherme Guido foi o quinto mais rápido,
com 51s56, enquanto Nelson Silva Junior bateu em sétimo (53s46).
A
prova dos 200 metros peito foi a que contou com maior número de
brasileiros. Mas nenhum conseguiu se destacar. Raphael Rodrigues obteve o
quinto posto (2min10s70), à frente de Henrique Barbosa (2min11s87) e
Matheus Louro Neto (2min12s81). E, nos 200 metros borboleta, Lucas
Salatta terminou em sexto, com 1min54s99.
No feminino, apenas uma
brasileira disputou uma final nesta quarta. Larissa Oliveira chegou na
oitava e última colocação nos 50 metros livre, com o tempo de 24s94.
Número de praticantes da modalidade é cada vez maior, aumentando o
interesse de pesquisadores no esporte, o que contribui com o desempenho
Na corrida de rua, o número de atletas vem aumentando cada vez
mais no triatlo, aumentando o interesse de pesquisadores sobre o
esporte, a fim de contribuir para a melhoria do desempenho dos atletas e
ajudar na prevenção de lesões.
A revista britânica The Journal
of Sports Sciences publicou em sua edição de outubro deste ano uma
revisão sobre as lesões em atletas de triatlo amadores, mostrando
resultados interessantes:
- A maior parte das lesões ocorre durante a corrida (50%), seguida do ciclismo (43%) e natação (7%);
- O maior índice de lesões foi observado em pessoas que treinam mais de 10 horas por semana;
- O joelho é o campeão de lesões;
-
A idade do atleta parece não interferir na incidência das lesões;- E
aquela que os autores do estudo dizem ser a principal descoberta: o
principal fator de risco para lesões em atletas amadores é a
participação em eventos competitivos. A explicação proposta por eles é
que o atleta está com a “adrenalina” em alta durante a competição, o que
o torna mais susceptível a ignorar suas dores e atingir um nível de
atividade mais alto do que nos treinos habituais.
Outra pesquisa
científica mostrou que o aquecimento inadequado antes de treinos e
provas também é um fator que predispõe o atleta a lesões. Ela também
confirmou que a idade não é um dos fatores determinantes para o seu
surgimento, embora atletas com mais tempo no esporte apresentem mais
lesões em comparação aos novatos. Os autores especulam que isso acontece
por um acúmulo de sobrecarga, onde o atleta não passa pelos períodos de
descanso e recuperação necessários entre provas e temporadas.
Destes
resultados, o triatleta amador pode tirar algumas dicas para se manter
longe das lesões: não participar de muitas provas consecutivas,
respeitar o tempo de recuperação e repouso do corpo e sempre realizar um
bom aquecimento antes da atividade. E, claro, tudo isso aliado a uma
boa preparação física, para que o corpo suporte os exercícios e se mova
de uma maneira adequada.
Devemos controlar a ingestão calórica total, diminuir o aporte de
nutrientes e aumentar a queima para utilizarmos as reservas na produção
de energia.
Alguns profissionais e praticantes de atividade física estão
estimulando a prática do esporte em jejum com o objetivo de maior
redução da gordura corporal. Mas, antes de aderir à moda corrente, é
preciso responder a algumas perguntas. Existem reais benefícios e
malefícios para saúde e desempenho? O que é considerado jejum?
Jejum
é a situação em que um indivíduo está sem se alimentar por um período
mínimo de oito horas. Muitas pessoas ficam sem comer entendendo que, na
ausência do carboidrato, utilizaríamos os estoques de gordura do corpo
para produção de energia. Mas para usá-los precisamos aumentar nossas
necessidades energéticas. Ou seja, a prática do jejum não deve ser
estimulada.
Para a redução da gordura corporal a receita é
básica: nutrição equilibrada em calorias, macronutrientes e
micronutrientes e a prática de exercícios. Precisamos controlar a
ingestão calórica total, reduzir nosso aporte de nutrientes, e aumentar o
gasto calórico para usarmos nossas reservas de gordura para produção de
energia.
Para gerar energia o organismo degrada os carboidratos e
transforma em glicose; as proteínas são transformadas em aminoácidos e
as gorduras em ácidos graxos. As proteínas têm funções estruturais
(construção de tecidos e renovação celular, pouca função energética) e
os carboidratos e as gorduras funções de gerar energia.
A
insulina e os hormônios contra reguladores (glucagon, epinefrina e
adrenalina) são responsáveis pelo equilíbrio da concentração de glicose.
As concentrações normais de glicose no sangue situam-se em torno de 70 -
110 mg/dl, o limiar glicêmico para a liberação de insulina é cerca de
81mg/dL. Níveis mais baixos de glicemia, em torno de 76 mg/dL levam à
liberação de hormônios contra-reguladores glucagon, epinefrina e
adrenalina, aumentando produção de glicose do corpo, promovendo a
“quebra” de gorduras (lipólise) e de proteínas (proteólise), reduzindo a
gordura corporal.
Existem algumas hipóteses de que valores de
glicemia reduzidos (com limite mínimo de 70 md/dL) poderiam aumentar a
eficácia da redução da gordura corporal uma vez que o corpo estaria
produzindo hormônios contra reguladores para fazer o equilíbrio, pois
muitos órgão são dependentes de glicose, como o cérebro. Mas os riscos
são altos.
Consequências do jejum:
- favorece a perda de massa muscular
-
o jejum prolongado e frequente acarreta diminuição dos níveis de
insulina, aumento de glucagon e aumento da resistência à insulina
podendo levar a longo prazo ao aparecimento do diabetes
- o corpo se adapta em estocar gordura e baixa o metabolismo para sobrevivência
- diminuição da capacidade cognitiva
- menor estado de alerta
- maior fadiga e diminuição do desempenho físico
A
capacidade de rendimento do organismo melhora através de uma nutrição
adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes, sejam eles
carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e vitaminas. A estratégia
mais eficaz é aumentar as nossas demandas/necessidades energéticas do
músculo em utilizar a gordura como substrato energético, e isso ocorre
através da prática esportiva.
Outro erro típico, ainda muito observado em dietas para perda de
gordura corporal, é a manutenção de uma dieta hipocalórica durante um
período muito longo. Esta prática errônea leva nosso organismo a uma
redução em seu gasto energético, principalmente por diminuir a
termogênese, devido a uma espécie de mecanismo de proteção a vida,
herdado de nossos ancestrais, se não fosse isto, em privação de
alimentos pereceríamos rapidamente. Em apenas 1 semana, pode ocorrer uma
redução em torno de 10 a 15% do gasto energético diário.
Muitos processos fisiológicos operam nessa redução da atividade
metabólica, tais como: diminuição da atividade do sistema nervoso
simpático; mudanças periféricas no metabolismo tireoidiano;
Redução na
secreção de insulina; mudanças na secreção de glucagon e hormônio do
crescimento (GH). No entanto, muitos atletas e indivíduos que desejam
queimar gordura, há alguns anos vêm se beneficiando de uma estratégia um
tanto quanto saborosa para obter resultado. Estas pessoas comem tudo o
que quiserem em um dia da semana, inclusive doces, bolos e sorvetes, no
famoso “Dia do Lixo”, quando estrategicamente adiciona-se de 1.000 a
2.000 calorias provenientes de qualquer fonte de carboidratos.
Um dos grandes vilões da maioria dos programas de redução da gordura
corporal, são os famosos beliscos. O gordo todo santo dia belisca algum
docinho ou salgadinho que não estava em sua dieta, mas em sua concepção
isto não lhe trará nenhum problema, afinal, é só um! Porém, o que ocorre
é que nosso amigo gordo não consegue ter grandes resultados, pois seus
beliscos vêm tornando-se cada vez mais freqüentes.
Nestes casos bem típicos, o mais comum é por a culpa na coitada da
tireóide, na academia ou no nutricionista. Portanto, ao invés de se
fazer uma dieta duas semanas de forma ininterrupta e na terceira semana
abandonar todo o trabalho por causa da lasanha ao molho branco da avó, o
mais prudente seria colocar regras nisto.
Porém, deve-se ter precaução para não tornar essa prática obsessiva.
Já nos deparamos com casos de indivíduos que ficam programando as
compras no supermercado a semana toda e quando chega o tão esperado “Dia
do Lixo”, este come desesperadamente até passar grande parte de seu dia
no banheiro!
Muitos ainda especulam que após o dia do lixo, observa-se um aumento
significativo em seu peso corporal, achando inclusive que toda a semana
de dieta foi perdida. Porém, a maior parte deste peso é composto por
água, que provavelmente está ligada ao aumento dos estoques de
carboidratos do organismo. Além disso, se a alimentação do dia foi rica
em sódio, seus estoques de água também aumentariam.
Retornando à dieta no dia seguinte, esta retenção hídrica será
eliminada rapidamente. Outra questão a ser discutida é o fato de que em
uma dieta hipocalórica, ocorre certa adaptação gástrica, ou seja, o
apetite reduz consideravelmente, o que dificulta uma ingestão alimentar
muito excessiva.
O ano de 2013 não está sendo o melhor dos anos no combate antidoping,
pelo menos para a Rússia. Cinco novos casos foram divulgados ontem no
site da FINA, três deles envolvendo nadadores russos.
Vladislav Shuliko, do Quirguistão (país ao noroeste da China), os
russos Mikhail Dovgaluk, Victoria Mukhametova e Anton Komlev, e a
polonesa Katarzyna Gorniak receberam suspensão por exame antidoping
positivo.
A polonesa recebeu suspensão de 6 meses por uso do estimulante
beta-methylphenylethylamine, em exame realizado no Nationwide Youth
Olympics, em julho, na cidade de Drzonkow.
Os outros receberam suspensão de 1 ano. Vladislav e Mikhail testaram
positivo para, supresa, estimulantes (methylphenylethylamine), o russo
no campeonato junior em junho desse ano e o quirguitonês nos Jogos da
Eurásia, em setembro último.
Um dos recentes casos mais demorados para julgar, Victoria também fez
uso de estimulante não-específico bromatan na Copa Russa, em abril
desse ano.
Anton também testou positivo durante o Campeonato Junior, em junho, para a substância feneterol (um bronco-dilatador).
Até agora, foram 23 casos positivos anunciados pela FINA. Em 2012, foram 31 casos.