Estudo publicado em “Nutrición Hospitalaria” destaca a importância da
hidratação na prática da atividade física, passando por manter uma
hidratação adequada antes, durante e depois da atividade física, que não
só melhora o rendimento desportivo, como se reflete positivamente na
saúde; e pelas necessidades de água e sais minerais que variam
substancialmente de pessoa para pessoa, dependendo fundamentalmente de
fatores como a idade, o estado fisiológico e as condições ambientais
(umidade, temperatura ou altitude).
Os autores referem que as bebidas isotônicas devem hidratar,
fornecer hidratos de carbono e sais minerais (especialmente sódio) e
aumentar a absorção de água mediante uma combinação de sódio e açucares.
Segundo informação da Aquarius, a revista “Nutrición Hospitalaria”
(Nutr Hosp. 2014;29(1):21-25) acaba de publicar um estudo abrangente
sobre os requisitos para manter uma hidratação adequada durante a
prática da atividade física. O estudo realizado pelos professores e
investigadores da Universidade do Pais Vasco (UPV-EHU), Aritz
Urdampilleta (da Faculdade de Ciências de AF e desporto) e Saioa
Gómez-Zorita (Faculdade de Farmácia), ambos de Vitoria-Gasteiz, conclui
que manter uma hidratação
adequada antes, durante e depois da
atividade física, não só melhora o rendimento desportivo,como tem
consequências positivas na saúde das pessoas.
O trabalho incluiu
os resultados obtidos numa ampla e rigorosa pesquisa bibliográfica e em
bases de dados entre 2006 e 2013. Uma das mensagens principais
apontadas pelos autores do estudo é que as bebidas isotônicas devem
hidratar, fornecer sais minerais e hidratos de carbono e aumentar a
absorção de água mediante uma combinação de sódio e diferentes tipos de
açúcares.
Segundo recomendação dos autores “é importante seguir
protocolos corretos de hidratação antes, durante e depois da atividade
física, assim como conhecer as limitações que a prática desportiva nos
pode trazer, segundo as condições ambientais em que se realiza”. Entre
outras evidências, o estudo demonstrou que as pessoas com mais gordura
têm menos água no corpo (55 a 59%), enquanto os atletas (que geralmente
têm mais volume de sangue e massa muscular) têm níveis elevados de água
corporal (60 a 65%), mantendo um nível normal de hidratação (estão
normohidratados).
Além disso, sabe-se que apesar de os
desportistas poderem perder igual ou maior quantidade de suor por hora,
perdem menos quantidade de sódio por litro de suor. No entanto, em
desportos de longa duração, com mais de quatro horas (maratona,
triatlo…) é normal uma perda de peso corporal entre 2 e 6%, o que se
reflete na saúde e é um fator limitativo do rendimento desportivo. Neste
sentido, os autores afirmam que “os efeitos de cerca de 6% de
desidratação poderiam ser melhorados com estratégias
dietético-nutricionais específicas e personalizadas, por forma a atingir
apenas 2% de desidratação, o que afeta a eficiência metabólica mas que
não terá grande risco para a saúde”. Tal seria possível atingir-se com
uma hidratação entre os 0,6 a 0,9l/hora através de bebidas isotônicas.
As necessidades de líquidos e sais minerais variam substancialmente de
pessoa para pessoa, dependendo fundamentalmente de fatores como a idade,
o estado fisiológicos e as condições ambientais. Quando se pratica uma
atividade física, “ter em conta as necessidades de líquidos é crucial”,
afirma o autor do estudo, o investigador Aritz Urdampilleta. E, como
destaca, “são muitas as funções que a água tem em relação à atividade
física, entre elas: manter mais estável o volume sanguíneo e a
temperatura corporal para um melhor funcionamento físico do organismo.
Conforme o grau de desidratação conseguiu-se avaliar uma série de
efeitos fisiológicos com significados especiais.
Ficou
demonstrado no estudo que com um nível de desidratação de apenas 1% (do
peso corporal) se registra um aumento de 0,3 C e cerca de 6 pulsações por
minuto no mesmo exercício físico; com 2% ocorre uma disfunção ao nível
da termorregulação, com um aumento da temperatura corporal (0,6 a 1° C) e
do ritmo cardíaco; se o nível de desidratação for de 3%, diminui a
resistência muscular por perda da eficiência bioenergética e pode surgir
hipertermia, cefaleias e desorientação; com um nível de desidratação de
4% surge a perda de força e resistência, cãibras musculares por défict de eletrólitos e risco de queimaduras de frio em altitudes elevadas e
abaixo de 0°C; já com um nível de desidratação de 5 a 6%, como referem
os investigadores ” é evidente a presença de exaustão e um aumento
significativo da temperatura corporal (39 a 41°C, estado febril) até
cessar a atividade desportiva”.
Por outro lado, a
hiperhidratação, também pode ser perigosa para a saúde do desportista,
associando-se a hiponatremia (diminuição da concentração de sódio no
sangue) que pode provocar edema cerebral ou insuficiência respiratória.
Embora seja difícil de calcular as necessidades de cada grupo ou
indivíduo, já que variam até mesmo no próprio indivíduo, dependendo de
vários fatores (como as condições ambientais e a atividade física
realizada), o artigo de revisão fornece dados interessantes sobre as
perdas de água e sais minerais durante atividades físicas, assim como
conselhos práticos.
Registra-se que em corridas de ultramaratona (120
a 160 km), devido à dificuldade em ingerir uma quantidade adequada de
líquidos, assiste-se a estados de desidratação (3-6%) em 50% dos
ultrafundistas e 30% chegam a sofrer de hiponatremia. Em desportos
intermitentes e de alta intensidade (como desportos de força, combate ou
de equipa), a desidratação reduz a capacidade do sistema nervoso
central em estimular a contração muscular; Assim por exemplo, uma
desidratação de 3% reduz em 8% a força do trem superior e em 19% do trem
inferior. Esta mensagem pode ser de grande utilidade, especialmente em
desportos coletivos.
No desporto, através da respiração e
transpiração abundante (maior em ambientes quentes acima dos 30ºC ou com
humidade relativa superior a 50%), as perdas de água podem chegar a 2 a
4 l/ h. Como observaram os investigadores Urdampilleta e Gómez-Zorita,
“as necessidades de água dependem da intensidade da atividade e do
stress térmico”, esclarecendo que “para que a hidratação seja adequada,
as bebidas durante a competição devem ser isotônicas (200 a 320 mOsm /
kg de água) “.
Durante a atividade física e para desportos com
duração inferior a uma hora, as instituições internacionais recomendam
não ultrapassar a concentração de 6-9% de hidratos de carbono (HC). Já
em competições de ultra resistência e de acordo com a literatura
analisada,chega-se a recomendar uma ingestão máxima de 90g/h de HC,
salientando que os atletas que toleram mais hidratos de carbono durante a
competição são aqueles que alcançam maior desempenho atlético;
portanto, as recomendações mais recentes para os atletas de provas de
longa duração são de 60-90 g de HC/h, especialmente em desportos com
duração acima das quatro horas.
Com base neste aspecto, os
investigadores acrescentam que “é aconselhável tomar 0,6 a 0,9 l/h de
bebida isotônica durante a atividade (dependendo da modalidade
desportiva), e a bebida deve conter 0,5 a 0,7 g Na/l em desportos de 2 a
3 horas e 0,7 a 1,2 g /l em ultra resistência”. Para um aumento da
absorção normalmente misturam-se vários tipos de açúcares, de
assimilação rápida como a glucose, sacarose ou maltodextrina e de
assimilação lenta como a frutose numa proporção de 2 a 3/1. As
temperaturas baixas (10°C) tornam mais lenta a ab sorção da bebida e,
acima de 20°C não são apetecíveis. Neste contexto, os
investigadores
enfatizam a importância de “manter a temperatura adequada da bebida”,
sendo aconselhável acrescentar cubos de gelo nas garrafas, especialmente
quando se compete em ambientes quentes.
Quem sou eu
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- Professor de Educação Física, nascido em São Paulo Capital, atuando em Natal R/N a mais de 10 anos, na avaliação prescrição de treinamento individualizado e em grupos. Atuando como técnico de atletas campeões Nacionais e Mundiais. Em NATAÇÃO bebês, natação crianças e adultos todos os níveis, HIDROGINÁSTICA, MUSCULAÇÃO crianças e adultos,CORRIDA,TRIATHLON, AVALIAÇÃO FÍSICA (saiba quanto você deve perder de peso,% gordura, músculo, avaliação aeróbia), em clínicas de estética e spas, ( PREPARAÇÃO PARA CONCURSO PÚBLICO ). Locais de atuação: condomínios, spas, residência, litoral, clínicas...AGENDE UMA VISITA SEM COMPROMISSO.
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